O que ela tem que as outras não têm? Manuela d’ávila (PCdoB) é novamente fenômeno de votos nas eleições. Em 2006 ela alcançou o feito de ser eleita a deputada federal mais votada do Rio Grande do Sul, com 271.939 votos. Mas foi em 2010 que conquistou seu maior feito: deputada mais votada do Brasil com 482.590 votos.  

Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução InternetMenuela em meio aos colegas na câmara federal
Manuela em meio aos colegas na câmara federal

Em 2014, a dona do coração de Duca Leindecker conquistou o topo do ranking dos deputados estaduais. Desbancando a ‘macharada’, Manu foi a candidata mais votada com 222.436 votos. 

Foto: Divulgação / InternetSilvana é a segunda mulher mais votada para assembleia gaúcha
Silvana é a segunda mulher mais votada para assembleia gaúcha

A segunda mulher mais votada não fez nem a metade dos votos de Manuela. Silvana Covati (PT) conquistou 89.130 votos e está reeleita. Fato é que a dona do bordão ‘E aí, beleza?’ conquistou jovens e adultos, homens e mulheres. Foi uma das primeiras a implementar o slgogan ‘a nova política’ que simplesmente tomou conta do último pleito, pós junho de 2013.

Fato é que o desempenho de Manuela é um feito em um país onde a participação feminina vem encolhendo. 

Veja abaixo:

Governos estaduais

A participação feminina diminuiu. Em 2010, duas mulheres foram eleitas governadoras: Roseana Sarney, do PMDB, no Maranhão, e Rosalba Ciarlini, do DEM, no Rio Grande do Norte. Na votação de domingo, nenhuma candidata conseguiu se eleger no primeiro turno e apenas uma, Suely Campos, do PP de Roraima, passou para o segundo turno, No dia 26, ela enfrentará Chico Rodrigues, do PSB.

Câmara dos Deputados

Atualmente 46 mulheres exercem mandato. Em 2010, foram eleitas 52 deputadas, mas seis não estão em exercício por motivos diversos, como licença ou renúncia para assumir outros cargos públicos. Desta vez, porém, o número encolheu e apenas 46 mulheres vão assumir na próxima legislatura. Ainda não é possível saber se, no decorrer dos próximos quatro anos, outras entrarão na Câmara como suplentes de deputados que venham a se licenciar.

Foto: Gustavo Lima / CDEleita senadora pelo Espírito Santo, Rose de Freitas foi primeira mulher a integrar Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, em 2011
Eleita senadora pelo Espírito Santo, Rose de Freitas foi primeira mulher a integrar Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, em 2011

Senado

A situação foi um pouco melhor. Atualmente, a Casa tem dez senadoras, de um total de 81. No ano que vem, termina o mandato de quatro delas, mas duas se reelegeram: Kátia Abreu (PMDB-TO) e Maria do Carmo (DEM-SE). Ivonete Dantas (PMDB-RN) e Ana Rita (PT-ES) perdem a vaga. Três mulheres conquistaram ontem (5) o primeiro mandato de senadoras: Rose de Freitas (PMDB-ES), Simone Tebet (PMDB-MS) e Fátima (PT-RN). Com isso, o Senado passará a ter 11 mulheres a partir de fevereiro do ano que vem. 

Os números estão longe de alcançar a cota de pelo menos 30% de candidaturas de mulheres a cargos eletivos. Além de não conseguirem se eleger em número significativo, as que conseguem raramente ficam entre as mais votadas. Em 12 estados não há mulheres entre os dez campeões de voto nestas eleições. Elas conseguiram se destacar em apenas seis.

Para a diretora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea), Guacira Cesar de Oliveira, a dificuldade de as mulheres terem melhor desempenho nas eleições se deve, entre outros aspectos, à falta de investimento dos partidos. “Quando os partidos se viram obrigados a cumprir as cotas, criaram uma formalidade para colocar mulheres como candidatas, mas não geraram condições reais para que essas mulheres pudessem ser eleitas”, afirmou.

Fonte auxiliar: Agência Senado

 

PERFIL MANUELA

Foto: Divulgação / Reprodução FacebookManuela exibe tatuagem
Manuela exibe tatuagem

Manuela d’ávila é deputada federal e jornalista formada pela PUC-RS. Iniciou sua trajetória no movimento estudantil em 1999. Dois anos depois, em 2001, ingressou na política partidária pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Foi conselheira do Conselho Universitário da UFRGS, coordenadora do Centro de Estudantes de Ciências Sociais, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (2003), presidente estadual (2005) e diretora nacional da UJS (2002). Em 2004 foi eleita a mais jovem vereadora de Porto Alegre. No ano de 2006 foi eleita a deputada federal mais votada do RS. Em 2008 foi candidata à prefeitura de Porto Alegre, sua terra natal. No ano de 2009, foi indicada por jornalistas ao Prêmio Congresso em Foco e foi eleita pelos internautas como a deputada que melhor representa a população na Câmara. Em 2010 foi a deputada federal mais votada da história do Rio Grande do Sul com quase meio milhão de votos e a deputada mais votada do Brasil. Em 2012 concorreu à prefeitura de Porto Alegre e ficou em segundo lugar. Na Câmara, Manuela foi relatora da Lei dos Estágios, do Estatuto da Juventude e do Vale-Cultura, foi presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, vice-presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Integra a Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade na Internet e a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT. Eleita por unanimidade, é vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Desde julho de 2011 é vice-líder do governo no Congresso. Em 2011 foi apontada pela revista época como uma das 40 personalidades com menos de 40 anos mais influentes do Brasil e, ainda, como uma das 100 personalidades mais influentes do país. Foi indicada novamente ao Prêmio Congresso em Foco em duas categorias: melhor parlamentar e parlamentar de futuro, ficando entre os melhores na votação popular. Também em 2011, esteve em Washington para participar de um seminário organizado pela universidade de Harvard com os tomadores de decisão do futuro no Brasil (apontado como potência iminente) e foi apontada pelo jornal inglês The Independent como uma das principais líderes mundiais do futuro. Segundo o DIAP, Manuela é uma das “100 Cabeças do Congresso”. Em 2012 Manuela está novamente entre os 100 Cabeças do Congresso, indicada pelo DIAP, e concorre, mais uma vez, ao Prêmio Congresso em Foco.

Fonte: Site oficial de Manuela d’ávila