Eleita cinco vezes a melhor jogadora de futebol do mundo, Marta Silva, que continua a fazer história nos gramados, ainda não alcançou os milhões que outros jogadores, do sexo masculino, já conquistaram.
Aos 29 anos, a brasileira é, sem dúvidas, uma das melhores jogadoras de futebol dos últimos tempos, no Brasil e no mundo, porém seu trabalho parece não ser tão bem reconhecido assim, de acordo com seu empresário. Infelizmente, de acordo com ele, o salário da mesma não chega nem perto do recebido por jogadores brasileiros que atuam em times estrangeiros.
> Leia também: Jogaço Brasil X Alemanha vira meme entre os torcedores no Twitter
Atualmente, Marta faz parte da equipe Rosengard, da Suécia, e também atua pela Seleção Brasileira. Aliás, a Copa do Mundo de Futebol feminina está para começar, na próxima terça-feira, 16, e a camisa 10 não poderia ficar de fora. Segundo o próprio técnico de Marta na equipe brasileira, a profissional do futebol é tão importante quanto Neymar para a Seleção masculina. No entanto, não há reconhecimento.
é considerada a maior, mas não ganha como o Maior do Mundo
Isso nos leva de volta à grande discussão de sempre: a desigualdade entre os sexos. Parece que os anos se vão, a população mundial aumenta, a sociedade ‘abre a mente’ e nunca saímos realmente do lugar quando o assunto em questão é este. O que, novamente, nos faz questionar: até quando? Ou melhor, por quê?
No Brasil – e no mundo, pelo que dizem por aí -, a igualdade entre homens e mulheres já foi conquistada. Mas fatos como estes, em que uma grande jogadora não recebe nem a metade (falo em reconhecimento, prestígio e dinheiro, é claro) do que um grande jogador ganha, nos levam a crer que isso não passa de uma enorme mentira. Ainda existe diferença, sim. Ainda existe aquele preconceito. No mercado de trabalho, por exemplo, homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo têm salários diferentes. Na sociedade, homens e mulheres que expressam suas opiniões são vistos ‘com outros olhos’, nutrindo a crítica que se acredita ser merecida quando se trata do sexo femino.
Portanto, sim, as diferenças estão expostas e explícitas diante de nossos olhos, basta querer ver. Mais do que isso, basta tomar a iniciativa e agir diferente, pensar diferente, expressar diferente. Porque, no fim, o que importa realmente é a competência, o caráter e a personalidade de cada pessoa, não o sexo ou a opção sexual que ela possui.