Foto: Divulgação / InternetEsqueça...você não vai juntar, apenas, as escovas de dentes
Esqueça…você não vai juntar, apenas, as escovas de dentes

Se você planeja sair da casa dos pais só para livrar-se da rotina e dos hábitos diários deles, esqueça disso agora mesmo. Se os planos de sair da casa dos pais é porque você tem certeza que o amor de vocês dois supera tudo e será um máximo ‘brincar de casinha’ esqueça essa ideia agora mesmo. Para início de conversa, você não vai morar em uma casinha cor-de-rosa. Você precisa de uma lugar, comprado, financiado ou alugado, casa ou apartamento.

é cada vez mais normal fazer um test drive antes do casamento. Na verdade, você tem uma vida de casado, só não diz sim na frente do padre, não usa aliança e não tem papel passado. Um teste que por sinal, acho muito válido, pois morar junto não é unir escovas de dente, acordar a hora que deseja, preparar gordices para comer todos os dias. Não tem relacionamento que resista a isso. Talvez seja por isso que tantos jovens casais terminam o relacionamento depois que começam a dividir o mesmo teto.

Você não terá mordomias e se era acostumado a acordar, tomar café, chegar em casa com cama, roupas lavadas e passadas e jantar pronto, está na hora de repensar. Assumimos funções e compromissos um atrás do outro e quando achamos que temos uma folguinha, lembramos da pilha de roupa a ser lavada, do fogão que deve ser limpo, da louça que ficou do almoço e não deu tempo de lavar, das roupas da máquina que precisam ser estendidas. 

Não é só dar uma varridinha na casa. Você precisa tirar um tempo para tirar o pó, as teias de aranha, esfregar o banheiro, recolher o lixo, tirar o mofo do forro. Também precisa fazer as compras do supermercado e sim, pagá-las. é neste momento que você aprende a dar valor as promoções do quilo do tomate. é a conta de luz, da água, do telefone, do gás, da internet, do supermercado, o aluguel ou a prestação da casa.

Também não tem mais aquela história esse quarto é só meu. Tudo é compartilhado, até mesmo os gastos. Fora isso é ter muito diálogo e parceria. Como disse, não tem amor que aguente a falta de companherismo dentro de casa. é preciso ter uma ordem para a organização da casa, uma divisão de tarefas para que aquela toalha que ele deixa sempre em cima da cama hoje, não seja o motivo da briga de amanhã. E sim, todos nós temos defeitos. Eu posso ficar chateada porque ele nunca recolhe o lixo e ele pode não gostar de ver os meu sapatos pela casa.

Eu gosto de cozinhar, ele de lavar a louça? Então, nada melhor do que cada uma dividir tarefas de acordo com o que cada um curte. Não tem essa de que só mulher limpa, passa e cozinha. 

Quando apenas se namora – na casa dos pais – muitos defeitos podem até ser escondidos. Mas se você pensa que conhece bem o companheiro, espera para morar junto com ele. Daí você me diz: – Tá, eu sei que meu namorado ronca e usa meia furada. Não estou falando disso. Estou me referindo a vícios e atitudes que se revelam na intimidade e sossego de um lar. Vai ter alguma coisinha que pode e vai te incomodar. Mas não fique pensando que você é uma dona de casa perfeita. Pense nos seus erros e manias!

Quando se cansa da ideia de morar junto, não é como brincar de casinha, desmonta tudo e vai embora. é preciso respeito e maturidade para que qualquer ciúmes ou besteira não vire tempestade. Morar junto exige aprendizado e compartilhamento. Morar junto é como jurar votos no casamento: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Sempre há um novo dia…