A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de Tatiana Camilato, 31 anos. Conforme a família da vítima, ela saiu de casa para, supostamente, fazer um aborto clandestino, por volta das 15h30 da última quinta-feira, 9. E não voltou mais.
Tatiana teria se deslocado sozinha da Parada de Lucas, Zona Norte do RJ, até o Jacarezinho, na mesma região, para fazer o procedimento. Segundo narrado à polícia por familiares, a mulher saiu de casa com um absorvente anti-hemorrágico e R$ 650.
A vítima já era mãe de três filhos – de 9, 12 e 13 anos -, e teria engravidado por descuido. Como era solteira, decidiu pelo procedimento clandestino, no qual pagaria R$ 650.
Horas após sair de casa para o suposto aborto, Tatiana deu entrada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho Novo, também na Zona Norte do RJ. Ela teria sido levada à UPA por uma mulher que se apresentou com nome e telefone falsos. A mulher afirmou aos agentes de saúde que havia encontrado Tatiana passando mal na rua.
Familiares não acreditam na versão e supõe que a mulher seja uma das responsáveis pelo procedimento abortivo.
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Sinais no corpo de Tatiana indicam que ela brigou com alguém. “No Instituto Médico Legal e depois, no enterro, a gente via que ela estava arranhada, com um corte na testa. A funerária colou a boca dela para não vermos que ela estava com os dentes muito quebrados, alguns faltando”, contou Daniele Camilato, irmão de Tatiana, ao site de notícias G1.
Tatiana chegou à UPA na quinta-feira e faleceu no sábado, 10. Daquilo que levou quando saiu de casa, a família só recuperou a bolsa. A vida, o dinheiro e o telefone celular foram perdidos na busca pelo procedimento abortivo.
A 25ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro investiga o caso.
O aborto é um assunto que sempre gera polêmica porque envolve questões religiosas e morais, além de ser questão de saúde pública. Justamente por isso, queremos levantar essa discussão, mostrando diferentes aspectos do tema.
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