
Sei que a nossa democracia ainda é nova, nosso país é jovem, tem cerca de 500 anos, mas ainda enfrentamos problemas para de fato ser uma nação democrática. Me chama atenção a pouca participação das mulheres na política. Sabemos que a nossa democracia passa por mudanças, mas ao ponto de precisar lançar campanhas para incentivar a ala feminina a participar dos pleitos eleitorais, isso me chama atenção.
O que precisa melhorar, isso em todos os sentidos, não é só incentivar a participação delas na disputa eleitoral. A população precisa participar mais das decisões políticas da cidade, do estado e do Brasil, de forma inteligente e justa. A partir daí teremos uma sociedade mais coerente com o tamanho da nossa nação, e que de certa forma vai querer fazer diferente.
Muito já mudou, mas de verdade, a política de forma séria ainda é um desafio. Já publiquei neste blog pesquisas que demostram a capacidade da mulherada em administrar empresas, agora todo este potencial precisa ser canalizado também para ajudar a modificar o cenário atual da nossa política.
Apesar de representarem 51,95% do eleitorado no país, o percentual de mulheres no Congresso Nacional não chega a 10%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Exemplo disso, é que dos 513 deputados federais, 45 mulheres foram eleitas nas últimas eleições gerais em 2010, o que representa 9% do total, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ainda de acordo com o TSE, em outubro de 2010, o Brasil elegeu a primeira presidente da República, duas governadoras e 134 deputadas estaduais. Nas eleições municipais de 2012, foram eleitas 657 prefeitas (11,84%) e 7.630 vereadoras (13,32%).
Buscando incentivar a participação feminina nas eleições de outubro, o TSE lançou a campanha ‘Faça parte da política’ para aumentar a participação de mulheres na política e a candidatura feminina a cargos nas próximas eleições, que ocorrerão em outubro deste ano. Os anúncios estão sendo veiculados em emissoras de rádio e televisão desde o fim de março.
Espero que a publicidade sensibilize as mulheres, e mais uma vez demonstrem que mudanças efetivas podem ocorrer nas mãos delas.