Natal pode ser uma data estratégica para deixar a chupeta

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O Natal pode ser uma data estratégica para convencer as crianças a abandonarem alguns hábitos. Nesta época do ano, muitos pais convencem os pequenos a entregar a chupeta para o Papai Noel. Alguns preferem fazer a entrega pessoalmente, mas há também aqueles que deixam o companheiro diário – que muitas vezes ganha até um apelido – na árvore simbólica que, durante o Natal, fica exposta na Praça da Matriz.

De acordo com a neuropsicopedagoga, Ana Silvia da Rosa, estas datas especiais são bem interessantes para que os pais possam fazer propostas de troca às crianças, assim como a Páscoa, Dia das Crianças, entre outras comemorações. “É necessário cultivar na criança a fantasia, para que possam acreditar e crer em algo maior”, afirma.

Contudo, a profissional salienta que a troca deve ser negociada aos poucos, de modo que a criança já esteja realmente decidida de que a chupeta não é mais uma necessidade. “Os pais devem ir construindo esta relação com as crianças no decorrer do ano, incentivando-os a entregar a chupeta para o Papai Noel no Natal”, explica.

Mesmo assim, Ana Silvia afirma que não é uma tarefa fácil. “As crianças não têm manual de instrução. Neste momento é preciso ter paciência, resiliência e comprometimento. A relação entre mãe e filho é muito pessoal e a família deve observar qual é o tempo certo, porque pressioná-los pode gerar ansiedade.”

A profissional orienta que é indicado desviar o centro de interesse e, aos poucos, tirar a temporariedade do bico. Evitar que o bico esteja à vista, combinar horários, retirar o bico da boca dos pequenos depois que já pegaram no sono e dosar o tempo de uso da chupeta são algumas das orientações. “Os pais também não precisam fazer a troca do bico com frequência, pois a chupeta nova traz uma sensação mais gostosa à boca, de certa forma, este é um estímulo”, considera.

Uma outra dica importante é sempre manter o diálogo com as crianças. Algumas vezes, eles pedem a chupeta porque têm uma ansiedade, ou necessitam de carinho e mais atenção. Os pais devem desviar o foco e instigar os pequenos ao diálogo. “Pergunte o que você fez de legal na escola hoje, peça para contar como foi o dia”, orienta Ana Silvia. Ela acrescenta que, neste caso, o desejo de chupar o bico é apenas para suprir uma ansiedade.

HORA DE DEIXAR A CHUPETA

A neuropsicopedagoga afirma que a partir dos 2 anos da criança o uso da chupeta já começa a virar uma rotina e os pais devem começar a observar com mais atenção este comportamento, que no futuro, pode trazer complicações na fala e na alfabetização.

Fazer alguns acordos, evitar o uso contínuo do bico e conversar com as crianças pacientemente pode ser uma saída. Os pais também devem ter postura e firmeza com as crianças, porque nesta fase eles são suscetíveis aos adultos e vão se moldando conforme a situação. “Se os pequenos estão acostumados a ganhar tudo, a troca não será construtiva. As crianças precisam saber esperar, conforme foi combinado, e aprender a lidar desde cedo com as frustrações”, reforça.

    

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