Para denunciar casos de assédio enfrentados por muitas meninas e meninos em salas de aula, três estudantes brasileiras criaram a página ‘Meu Professor Abusador’, que, em pouco tempo de existência, já soma mais de 15 mil likes

Anonimamente, os relatos, que já são mais de 500, contam sobre casos de abusos – sexual, verbal ou físico – que jovens já sofreram em salas de aula de todo o país. 

As denúncias vão de humilhação verbal a pedidos de sexo em troca de nota e muitas envolvem meninas menores de idade. “Homens sempre tiram proveito de suas posições de poder, professores não são exceção. E eles o fazem porque não contam com nosso revide”, a página descreve. O principal objetivo da página é mostrar que esse tipo de situação ocorre – com mais frequência do que se pensa – e que as garotas e os garotos que passam por isso não estão sozinhos. Eles têm voz. Eles têm sentimentos. Eles têm uma vida. E, assim como qualquer pessoa, também merecem respeito. 

Os relatos estão sendo enviados através de um formulário e de mensagens privadas na própria página. 

Para evitar possíveis ações judiciais, no entanto, são impostas algumas ‘regras’: não se deve revelar nome de professor ou dar muitas informações que deixem óbvia a identidade do mesmo. Cabe às instituições em questão identificá-los e apurar cada denúncia.

As fundadoras não se identificam, mas recebem ameaças. Ainda, muitos professores têm se reunido para tentar derrubar a página, por isso, as estudantes pedem para que as pessoas usem a hashtag #MeuProfessorAbusador e ajudem a espalhar o movimento.