Durante os dias de menstruação, a mulher sente um desconforto crescente e, com isso, se priva de realizar muitas atividades, como cavalgar, nadar, andar de bicicleta, fazer exercícios físicos ou, simplesmente, caminhar de forma leve e descontraída.
O absorvente externo nem sempre é confiável, já que pode vazar, e, também, não é confortável, já que pode ficar mais elevado e cheio, conforme a menstruação desce. Por isso, uma novidade – nem tão novidade assim – está se tornando o novo queridinho da mulherada e um companheiro presente nesses dias meio desagradáveis: o coletor menstrual.
Notícias Relacionadas
Na verdade, o ‘copinho’, como é conhecido pelas mulheres, existe desde os anos 1930, mas só recentemente vem caindo no ‘gosto’ das brasileiras. Embora visto com bons olhos pelas usuárias, o coletor ainda divide a opinião de ginecologistas – que, em muitos casos, pouco conhecem o método.
O coletor é um copinho de silicone hipoalérgico e antibacteriano, ajustável ao corpo e que coleta o sangue da menstruação. Pode parecer estranho, mas ele é maleável, o que facilita na hora de colocar na vagina. No Brasil, os preços variam R$ 85 e R$ 155, mas é difícil encontrá-lo em farmácias. Porém, algumas empresas vendem pela internet.
CONFORTO E SUSTENTABILIDADE
A estudante Tamara Freitag, 20 anos, usa o coletor menstrual há quatro meses e conta que conheceu o produto através da internet, em sites voltados a questões ecológicas e de sustentabilidade. A opção por utilizar o ‘copinho’ se deu em virtude de Tamara nunca ter achado muito viável as opções disponíveis no mercado. “Não eram seguros, eu tinha que fazer trocas e comprar toda hora, e, sobretudo, nada sustentáveis e conscientes diante da realidade em que estamos”, salienta.
Para Tamara, o coletor é muito mais confortável que absorventes e OBs., além de ser mais econômico, já que a compra é feita uma vez a cada cinco/dez anos, e gerar bem menos impactos negativos na natureza. Outros pontos positivos, segundo a estudante, é que o coletor é mais seguro em questões de vazamento e hipoalergênico.
Quando uso é como se eu nem estivesse menstruada
A respeito de sua experiência com o coletor, Tamara explica que desde criança sua visão sobre a menstruação, assim como a de muitas mulheres, é de um modo pejorativo, como algo nojento, sujo, uma inutilidade que sai da mulher e que deve ser ‘escondida’ e pouco comentada. Entretanto, ela ressalta que o coletor não é só um coletor menstrual, já que há toda uma filosofia e um novo modo de ver e sentir o que é ser mulher.
“Eu recomendo super o uso dos coletores e acho que quem não usa é por ter pré-conceitos a respeito.” Sobre o medo e dúvidas que algumas mulheres sentem a respeito do coletor, a estudante aconselha a não terem medo de mudar, mas sim de continuar como estão. Os coletores, na opinião de Tamara, são maravilhosos, em todos os aspectos, e essa foi, sem dúvida, sua melhor compra neste ano.
APRENDENDO A USAR
Como colocar?Basta dobrar o coletor e inseri-lo na vagina, lembrando que não precisa empurrá-lo até o fundo, igual o absorvente interno. Ao colocar ele todo, o coletor vai abrir e fazer um barulhinho, o que significa que foi colocado corretamente.
Quanto tempo dura?Higienizado de forma correta, de cinco a dez anos.
Como devo higienizar o coletor menstrual?Com água fria e sabão neutro. A cada ciclo, o ideal é limpar com água fervente.
Devo esvaziar o coletor com qual intervalo de tempo?Isso depende do fluxo menstrual de cada mulher. Se for intenso, a cada 6 horas. Mas pode chegar até 12 horas direto, com fluxo normal.
Posso dormir com ele?Sim.
Melhor forma de higienização?Durante o banho.
A ilustração está em inglês, mas é fácil de entender a forma de colocar o ‘copinho’.
