Discursos ‘machistas’ como ‘lugar de mulher é na cozinha’, ‘mulher no volante, perigo constante’ e ‘futebol é coisa de homem’ estão enraizados na sociedade e soam constantemente nos ouvidos das mulheres, que há muito tempo, não se enquadram nestes conceitos. Estes rótulos que são aplicados para minimizar o papel da mulher na sociedade não param por aí. Enquanto os homens falam abertamente sobre sexo e a intimidade a dois, elas, muitas vezes, não se sentem à vontade para falar sobre este assunto e omitem seus desejos e preferências sexuais quando estão com seus parceiros. Mas, por que o prazer feminino ainda é considerado um tabu?
Em pleno século XXI, o assunto ainda não é discutido com tanta frequência entre mulheres, porque culturalmente se entende que cabe mais aos homens. Este comportamento vai ao encontro do que acontece no dia a dia entre os casais. A ginecologista Luana Gassen observa que, mesmo que esta cultura venha mudando com o decorrer dos anos, muitas mulheres ainda não se sentem à vontade em falar sobre sexo, masturbação e demais assuntos ligados à intimidade feminina. “Grande parte das mulheres não sente prazer quando está com seus parceiros e faz sexo para satisfazê-los. Contudo, elas não se sentem confortáveis para expor as suas necessidades”, comenta a médica.
Primeiramente, ela afirma que, as mulheres devem se conhecer mais. Neste caso, a masturbação é fundamental, para saber o que leva ao prazer. A ginecologista também destaca que é preciso falar abertamente sobre isso com o parceiro. “Depois do primeiro filho, por exemplo, há vários aspectos envolvidos. A mulher possui uma queda de hormônios, secura vaginal e atrofia (falta de lubrificação) e redução da libido.”
De acordo com a médica, para amenizar estes fatores, que podem levar à perda do desejo feminino, as mulheres devem tomar a dosagem correta de hormônios (anticoncepcional), controlar o emocional e ter um bom relacionamento com o parceiro.
Prazer feminino
A mulher pode sentir prazer via vaginal ou estimulação clitoriana. A ginecologista explica que nem todo o orgasmo feminino ocorre com a ejaculação, como acontece com os homens. “Algumas possuem uma lubrificação maior, liberando substâncias e hormônios”, explica Luana.
De acordo com a ginecologista, quando as mulheres estão prestes a ovular, aumenta a vontade de ter relações sexuais. “Aquelas que não tomam pílula, por exemplo, produzem um muco ovulatório e pré-ovulatório no 14º dia, após o primeiro dia de menstruação”, afirma.
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