Por Ana Flávia Hantt*
Depois de cinco meses entre Luxemburgo, Suíça e França, a temporada é de resgate ao Português. Cheguei em Lisboa, capital de Portugal, há duas semanas, sem saber muito o que esperar. Na bagagem, levei apenas as impressões que outras pessoas já haviam me passado, como a dificuldade de compreender o sotaque ‘nativo’, e a adoração pelo clima ameno e os prazeres culinários.
Já na chegada, fui surpreendida com a mesma energia que encontramos no Brasil, com povo alegre, disposto a conversar e a receber muito bem o turista. Sendo de um município como Venâncio Aires, onde com frequência exaltamos a herança germânica, nunca havia realmente percebido o quanto os portugueses moldaram o nosso país. Chama atenção principalmente a arquitetura e os doces – é muito interessante chegar em uma padaria ou supermercado e encontrar brigadeiros!
Lisboa apresenta aquele ar vibrante ao que estamos acostumados. No bairro de Alfama, por exemplo, o mais antigo da capital, é característico encontrar roupas penduradas nos varais das janelas, pessoas falando alto, vizinhos conversando de uma porta para a outra, crianças brincando (e chorando quando alguma coisa dá errada); tudo contornado por ruelas estreitas e íngremes feitas de paralelepípedo.
É fácil entender por que o país é um dos principais destinos turísticos do mundo, e por que os brasileiros se sentem tão em casa: além da facilidade do idioma, é possível perceber referências brasileiras nos restaurantes, lojas, museus… e mesmo com o euro ainda bastante valorizado em relação ao real, Portugal é um dos destinos mais acessíveis da Europa; sem falar dos voos diretos que saem de capitais como Porto Alegre.
Nas próximas semanas, mostrarei aqui na coluna alguns dos destaques desse destino.
Leia mais: