Vestir a máscara de um personagem no ambiente de trabalho e conseguir dissociar a vida pessoal da vida profissional é uma das recomendações do consultor Edson Carli. Segundo ele, todos temos um “eu” verdadeiro e um “eu” profissional, que é o conjunto de competências que você apresenta ao mercado. Para construí-lo é importante comportar-se como um fornecedor, entendendo que o mundo profissional é feito de clientes e eles que definem se pagam ou não pelo seu serviço.
Ter a capacidade de separar esses dois “eus” verdadeiro, ajuda a ter maturidade para aceitar críticas. De acordo com o consultor, o personagem que se assume no ambiente corporativo pode ser criticado por todos, inclusive, por ele mesmo, que também deve estar disposto a mudar alguma postura profissional que não considere legal. No ambiente pessoal e familiar, você é perfeito. Não merece críticas. No trabalho, imagine que o seu comportamento seja, por exemplo, o prato de um restaurante. Você serviu, a pessoa olhou e falou: gostei ou não gostei. O ‘não gostei’ significa voltar e refazer.
Para a construção da identidade profissional, Edson Carli recomenda que as pessoas se conheçam melhor e, a partir disso, possam identificar em qual mercado podem oferecer o seu produto profissional. Ser chato, por exemplo, pode ser uma excelente característica para quem trabalha como analista de controle e qualidade.
Justamente por conta da variedade de talentos que um profissional tem a oferecer, o consultor destaca que não existe a carreira definitiva. O que existe, hoje em dia, é a adequação ao mercado de trabalho e a busca pelo sucesso, mas de acordo com o profissional, o grande segredo é que esse conceito de sucesso vai mudando. Aos dezoito anos, sucesso é uma coisa, aos 38 anos é outra e assim vai por toda a vida.