Foto: Divulgação / Tudo & TodasPara refletir...
Para refletir…

Um jovem de nível acadêmico excelente candidatou-se ao cargo de gerente de uma grande empresa. O diretor descobriu, através do currículo, que as suas realizações acadêmicas eram muito boas em todo o percurso, desde o ensino fundamental até a pós-graduação. Não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.

O diretor perguntou:

– Tiveste alguma bolsa na escola?

– Nenhuma.

– Então foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades?

– O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano… Foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades.

– Onde trabalha a tua mãe?

– A minha mãe lava roupa.

– O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as mãos. Eram macias e perfeitas, sem calo algum.

– Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar roupas?

– Nunca. A minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, ela lava a roupa mais depressa do que eu…

– Eu tenho um pedido antes de lhe dar qualquer resposta a respeito da vaga. Vai hoje e limpe as mãos da tua mãe. Amanhã de manhã, volte aqui para conversarmos.

O jovem não entendeu o pedido, mas sentiu que a chance de obter o emprego era alta e resolveu obedecer. Quando chegou em casa, pediu à mãe que deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, mas mostrou as mãos ao filho. Ele as limpou lentamente. Lágrimas escorreram-lhe à face. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas e tinha muitos calos. Alguns eram tão dolorosos que a mãe se queixava quando limpava.

O jovem percebeu que este par de mãos calejadas por lavar roupas todos os dias tinha pago as mensalidades de uma vida escolar inteira. As imperfeições das mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro. Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem ainda lavou as roupas que faltavam.

Na manhã seguinte, foi ao gabinete do diretor. O empresário percebeu as lágrimas nos olhos do rapaz e falou:

– Me conte o que aconteceu ontem em tua casa!

O jovem respondeu:

– Eu limpei as mãos da minha mãe e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram.

– E o que você sentiu?

– Em primeiro lugar, acho que aprendi a dar valor a alguém. Sem a minha mãe, eu não teria estudado, nem estaria aqui. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que ela passa para a roupa ficar limpa. Eu não percebia porque, para mim, chegava tudo pronto. Em terceiro, vejo a importância e o valor da minha mãe.

O diretor disse:

– Isto é o que eu procuro eu um gerente. Quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, alguém que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado!

O rapaz trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou muito tendo aquele jovem como gerente.

“Pais: uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis vai se colocar sempre em primeiro. Vai ignorar os seus esforços como pais, quando começar a trabalhar, talvez não valorize o empenho dos colegas. Permita ao seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a grama, por favor, deixe-o ajudá-lo. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com seus irmãos. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Faça isso para que seu filho aprenda a valorizar o esforço dos outros. Afinal, para o seu crescimento, quantas pessoas, avós, pais, irmãos ficaram com as mãos enrugadas e cheias de calo?”

Extraído do livro ‘Mensagem do Dia’, da Rádio Terra FM