Saiba como identificar uma relação tóxica

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Comportamentos que parecem comuns no dia a dia podem ser considerados tóxicos e gerar sérios problemas para as relações afetivas. Na maioria das vezes, os sinais são difíceis de serem identificados. Por isso, é importante estar atento às situações, para perceber se a relação está, de fato, sendo saudável e harmoniosa e proporcionando bem-estar.

As relações tóxicas não estão relacionadas apenas aos casais – também podem envolver familiares, amigos e colegas de trabalho. De acordo com a psicóloga Évelin Tatiele Fröhlich, o relacionamento tóxico está relacionado a algo que faz mal e é nocivo à vida. “O relacionamento tóxico afeta o indivíduo como um todo, envolvendo questões emocionais, relações sociais e familiares”, explica.

Geralmente, quem está envolvido tem dificuldade de perceber se o comportamento é tóxico ou não. “Este comportamento entre casais, por exemplo, pode ir se modificar aos poucos. Conforme a relação for evoluindo, sentimentos e vivências vão trazendo novas questões para a relação. No primeiro momento, a vítima acredita que os acontecimentos são normais e naturais e vai se adaptando à situação e às vontades do outro”, salienta a profissional.

Segundo ela, a personalidade e o conhecimento do assunto são importantes para que as pessoas se posicionem diante destas relações. “Normalmente, as mais afetadas são aquelas que já possuem histórico de vida mais vulnerável, com tendências a um sentimento de inferioridade e baixa autoestima.”

TRATAMENTO

Évelin esclarece que, nem sempre, deve-se romper o vínculo para resolver a questão. “Em casos que envolve família, por exemplo, é preciso fazer uma autorreflexão, identificar o problema e tentar fazer algo diferente para que a relação se torne mais saudável.”
Ao mesmo tempo, ela observa que o autor (aquele que intoxica) também pode estar precisando de ajuda, pois pode estar apresentando uma visão de mundo distorcida e experimentando sintomas de ansiedade, tristeza ou alguma inquietação emocional.

Neste caso, a profissional afirma que é importante o processo de “dar-se conta”, para um bom resultado no tratamento. Segundo ela, geralmente quem procura um profissional são as vítimas da relação e, na maioria das vezes, possuem problemas emocionais e não sabem que esses transtornos podem ser desencadeados pelo relacionamento tóxico.
Segundo a psicóloga, as mulheres são as mais atingidas. “Acredito que as estatísticas estão relacionadas à questão cultural do machismo, ainda evidente na sociedade.”

Relacionamento tóxico e relacionamento tóxico abusivo

De acordo com a psicóloga Évelin Tatiele Fröhlich, nem todo o relacionamento tóxico é abusivo, mas todo relacionamento abusivo é tóxico. O relacionamento tóxico e abusivo é cercado de imposição, controle e obsessão. Já o relacionamento somente tóxico pode ser aquele que inviabiliza a relação, por exemplo com a falta de diálogo e atenção nas relações.

“Em qualquer relação deve existir troca, e quando uma pessoa percebe que está abrindo mão de suas vontades para atender só as preferências do outro, pode estar passando por relacionamento tóxico”, alerta.

Buscar uma escuta acolhedora de alguém que esteja por fora da situação já é um bom começo para identificar o problema. “Um primeiro passo para identificar pode ser conversar com alguém de confiança e que possa escutar sem julgar. Cito também a importância de buscar ajuda profissional.”

A psicóloga Évelin Tatiele Fröhlich, explica que nem todo o relacionamento tóxico é abusivo (Foto: Taiane Kussler)

“Para identificar o comportamento tóxico é preciso avaliar a frequência e a intenção das palavras e ações que são dirigidas ao outro.”

ÉVELIN TATIELE FROHLICH – Psicóloga


SINAIS PARA FICAR ATENTO 

Relacionamento tóxico

  • Falta de diálogo entre o casal ou família
  • Descaso e falta de atenção
  • Abrir mão das preferências em relação ao outro
  • Falta de apoio e suporte nas tomadas de decisões
  • Ameaças leves (você só pode ser meu amigo e demais ninguém!)

Relacionamento tóxico abusivo

  • Controlar a roupa que o outro usa, os lugares que costuma frequentar e as pessoas com quem se relaciona (grupo de amigos)
  • Controlar os horários com quem conversa e o comportamento do outro
  • Ter espírito dominador
  • Agressão verbal e física

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