Por Ana Flávia Hantt*
Desde março de 2020, nos acostumamos a assistir nossos artistas favoritos da sala de casa – uma prática que deve perdurar, ao menos, durante todo este ano no Brasil.
Em alguns países, no entanto, ficar horas na fila para entrar em um estádio para ver um show ou sentar ‘braço a braço’ com um desconhecido em um teatro já é uma realidade. A Nova Zelândia impressionou o mundo ao realizar o show da banda Six60 para mais de 50 mil pessoas no fim de abril – e ninguém precisava usar, nem mesmo, máscara! A Austrália está no mesmo ritmo: na maioria das capitais não há mais restrições de público em bares, eventos esportivos ou teatros. Singapura também liberou eventos de todos os tipos, sem distanciamento, para um público de até 750 pessoas.
O que os três países têm em comum é o controle da pandemia. Singapura é o mais avançado em termos de vacinação (50% da população), enquanto Austrália e Nova Zelândia somam 15% e 1%, respectivamente. Com regras muito rígidas desde 2020, as três nações fecharam as fronteiras internacionais como principal forma de travar o contágio pelo coronavírus. Além da proibição de turistas, os cidadãos ou residentes que regressam aos países precisam financiar quarentena de 14 dias em um hotel escolhido pelo governo. O controle imigratório é facilitado pela geografia: todos constituem-se de ilhas. Atualmente, Austrália e Nova Zelândia mantêm uma bolha de tráfego internacional, o que pode ser ampliado para Singapura.
No restante do mundo, também ocorrem alguns ensaios. Depois de Munique, na Alemanha, cancelar a Oktoberfest de 2021, Dubai anunciou que importará cerveja e garçons alemães para realizar a festa em seu território. Shows da Broadway, em Nova Iorque, como Aladdin e Chicago, já têm estreia agendada para o mês de setembro.
