Quem disse que Natal tem idade? A tradição de enfeitar a casa para esperar o Natal é algo que se faz presente na minha família desde que me conheço como gente. Engana-se quem acha que esta é uma tradição seguida, apenas, nas casas com crianças ou das vovós. Quem está nos vinte e poucos, como eu, também não deixa de lado a tradição.Sempre fui daquelas crianças que colocava o sapatinho na janela e esperava pelo Bom Velhinho na noite de Natal. Daquela que não via a hora de poder tirar as luzinhas da caixa e ajudar a colocar na frente de casa. Que entendia muito bem que o presente só viria se eu realmente me comportasse no ano e tirasse boas notas no colégio.È claro que as coisas mudaram, a ingenuidade sobre o Noel foi perdida com o tempo, mas o espírito natalino, nunca.
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Os filhos da Dona Loni e do Seu Jairo cresceram, mas a tradição se manteve, pois sempre se acreditou que estas luzes e enfeites não eram símbolos infantis, mas de uma data especial, celebrada pelas famílias, com amor e união. E este é um ensinamento que carrego muito forte comigo, principalmente neste, que será meu primeiro Natal fora de casa.
Quando deixamos nossa casa, nos tornamos independentes, mas levamos com a gente valores. E este foi um deles!
O Leo, meu irmão, ainda está por lá e pôde acompanhar a montagem do pinheirinho neste ano. Desta vez, sem eu estar por perto, já que éramos nós dois que puxávamos a frente.
Bem, eu tenho um novo lar, uma nova vida. Mas aqui, no meu cantinho, no meu primeiro Natal fora de casa, esse espírito natalino está presente. De forma tímida, mas está.
Aliás, tímida, mas empolgante. Novembro estava apenas acabando e a cuia do chimarrão logo ganhou um Papai Noel. Na semana passada, a mesa ganhou um enfeite especial e a sala ganhou bolinhas, sinos e um Bom Velhinho. A decoração ainda não está pronta, por isso, vou voltar às compras!
Falta a minha guirlanda na porta e o pinheirinho no cantinho da sala. Deste, não abro mão.Como moro em apartamento, não terei luzinhas na frente de casa, mas aqui dentro, vão reinar luzes, cores e brilhos.
Não tenho filhos, nem uma família grande para abrigar presentes embaixo da árvore, mas no que depender de mim, mesmo de forma simples, o Natal sempre vai ter espaço na minha casa, na minha vida. São estes símbolos que enchem meu coração de esperança e felicidade.
Ho Ho Ho Ho
