O grupo de teatro ‘Doutores P – Multiplicadores da Alegria’ anunciou, neste mês, três novas artistas que irão compor o elenco e realizar visitas sistemáticas ao Hospital São Sebastião Mártir. Os Doutores P levam arte e alegria ao hospital, utilizando a linguagem do palhaço e oportunizando, aos pacientes internados, música, teatro, mágicas e poesias com boas doses de humor.
Para fazer parte do projeto, primeiramente, diversos interessados participaram de um workshop de dois meses com exercícios práticos e discussões teóricas acerca do trabalho de palhaços em hospitais. Ao final deste processo seletivo, três artistas foram convidadas a ingressar ao elenco do grupo. Segundo Geison Aquino, fundador e diretor artístico do grupo, o processo surpreendeu pela grande procura de artistas interessados em atuar como palhaços de hospital. “Foi muito prazeroso encontrar tanta gente boa se colocando à disposição do projeto, e nossas três novas colegas surgem para agregar seus talentos e vontade de fazer a diferença, o que, para o nosso trabalho, é fundamental”, diz Geison.
Alexandra Keller, Rosmeri Lora e Márcia Santos são respectivamente Dra. Lexa Tan Tan, Dra. Anne Stésica e Dra. Sidneia Mingau, e, junto com os demais palhaços do grupo, prometem fazer os sábados do HSSM muito mais divertidos. A trupe já reúne mais de 4.000 atendimentos desde sua fundação, bem como diversos prêmios e reconhecimento público pelo trabalho que vem sendo realizado há sete anos em Venâncio Aires.
Ainda para o ano de 2015, com o novo elenco e o engajamento de uma equipe de apoio, que envolve médicos, psicólogos, enfermeiros, artistas plásticos e profissionais de múltiplas áreas, o grupo lançará uma campanha de arrecadação de recursos para auxiliar nas despesas permanentes do trabalho. “Hoje, necessitamos diversos elementos que garantam a realização do projeto no HSSM. Apesar de ele ser oferecido sem custo algum à instituição, os investimentos com maquiagem, figurino, transporte, entre tantos outros, existem, e, muitas vezes, saem do bolso dos próprios artistas que atuam de forma voluntária. Contar com a ajuda da comunidade para subsidiar o trabalho será primordial para manter vivo o projeto na cidade”, afirma Geison.
Para a cirurgiã-dentista Alexandra Oliveira Keller, a Doutora Alexa Tan Tan, o lado emocional conta muito para o processo do adoecimento do paciente. “As pessoas gostam de te procurar para conversar também, falar do que pode ser a origem, que passa despercebida, muitas vezes, daquela dor momentânea”, explica. “Por esse motivo, que acredito ser grandioso e por amar a arte em toda a sua forma e cor, que procurei iniciar o workshop dos Doutores P, que uniu, de forma maravilhosa, a humanização no ambiente hospitalar com o trabalho artístico genuíno de um palhaço”.
Além disso, Alexandra acredita que a felicidade está em muitas coisas, não sendo algo palpável, que se encontra e guarda no armário, mas, sim, um constante descobrimento de coisas simples; que não é eterno, mas que fica na lembrança de quem a compartilha. “Entrei de corpo e alma no que acredito ser uma semente de esperança plantada na vida dos que frequentam o Hospital São Sebastião Mártir, não apenas como doentes, mas a família, os médicos, enfermeiros e toda a equipe que faz parte, assim como nós”, acrescenta.
Levar a alegria para um momento da sua vida em que tudo parece cinza é algo que não existe definição, não existe apenas uma palavra que demonstre o que sentimos como atores, o que nos transmitem aquelas pessoas, é simplesmente mágico!
Para a personagem de Rosmeri Lora, a Dra. Anne Stésica, passar a integrar a equipe dos Doutores P não foi uma tarefa fácil. “Todo o workshop foi intenso. Foram dois meses de muitos exercícios técnicos, expressão corporal, leitura, pesquisas e debates”, conta. Além disso, Rosmeri ressalta que um palhaço de hospital não é só um palhaço. “Tampouco só maquiagem ou nome. Ele tem que ser gerado. Precisa ser pensado, elaborado, tem que ter uma história. Ele precisa nascer…”, explica.
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De acordo com ela, para ser um palhaço de hospital, é preciso se permitir essa opção, deixar de lado muitos tabus e mitos, conceitos e preconceitos. “Significa também uma grande oportunidade de produzir uma mudança positiva, tanto nas pessoas quanto na sociedade”, comenta.
A coisa mais linda neste universo é poder subverter a lógica das coisas e fazer um paciente voar na imaginação.
De acordo com Márcia Santos, a Dra. Sidneia Mingau, desde o momento da seleção dos personagens, houve muito envolvmento. “Foram a escolha dos figurinos, maquiagens, dos nomes, tudo feito com o grupo e que fomos curtindo cada momento”, conta. “Ainda, tivemos muitos momentos de formação do grupo e também a participação de workshop em Porto Alegre, tudo para aprendermos essa linguagem diferente do palhaço de hospital”.
Para Márcia, o trabalho dos Doutores P significa alegria, comprometimento e, acima de tudo, muito amor. “Nos dedicamos, a cada visita, em espalhar essa alegria para todos, tanto pacientes como toda a equipe de trabalho”, explica. “Para mim, é uma alegria muito grande poder participar deste grupo, me sinto ansiosa a cada sábado que realizo a visita ao hospital”.
A cada visita que faço no hospital, consigo sentir o quanto somos importantes para as pessoas que ali estão e isso me gratifica!
Sobre o Grupo Doutores P – Multiplicadores da Alegria
Em parceria com o Hospital São Sebastião Mártir, os Doutores P levam a arte e o bom humor para pacientes de todas as idades. Embasados na pesquisa acerca da linguagem do palhaço, dedicam suas tardes de sábado para um plantão médico nada convencional. Conquistando um olhar sincero e um sorriso incondicional, os personagens fazem uso de atividades lúdicas, como poemas e músicas, para levar alegria e carinho aos pacientes, parentes e amigos.
Com os Doutores P, a diversão é garantida: eles são verdadeiros especialistas na arte da improvisação e propiciam um espetáculo diferente em cada quarto que visitam, envolvendo cada paciente em mágicas e brincadeiras com muito bom gosto e um cuidado especial.
