28 de maio – Dia Mundial da Esclerose MúltiplaSilenciosa. Simples assim, mas com consequências devastadoras. A causa ainda se faz desconhecida, mas se caracteriza por afetar o sistema nervoso central provocando dificuldades motoras e sensitivas.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) estima que 35 mil pessoas no Brasil são portadores da doença. Destes, apenas cinco mil recebem o tratamento adequado que busca a redução da atividade inflamatória. Mulheres e jovens, com idades entre os 20 e 40 anos de idade estão entre os mais acometidos com o despertar da doença.Um estudo Benefit, acompanhado ao longo de 11 anos pelos Comitês Americano e Europeu para Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla em Boston, Massachusetts, revela que o tratamento precoce com a substância betainterferona-1b diminui os efeitos das complicações motoras e sensitivas dos portadores em estágio inicial.
Os sintomas da doença mais comumente descritos, de acordo com o médico neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Roberto Carneiro,são perda de equilíbrio e coordenação motora, formigamento pelo corpo e perda de força e de visão. Esse conjunto de fatores varia de acordo com o estágio em que o paciente se encontra, e pode deixar sequelas, dependendo da gravidade. As causas exatas da doença ainda não são conhecidas, mas há dados que sugerem que a genética, o ambiente o qual a pessoa vive e até mesmo um vírus podem desempenhar um papel no desenvolvimento da doença.
O neurologista argumenta que é possível ter o controle da doença com o tratamento adequado, e menor impacto nas relações interpessoais. Por isso, a importância de procurar rapidamente um especialista, assim que notar qualquer sintoma. “Quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco do surto progredir e das sequelas serem graves”, alerta. (Fonte: Bayer)