Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio e à promoção da vida. Por meio da campanha Setembro Amarelo, esses assuntos são evidenciados e chamam a atenção para outros pontos igualmente importantes: o autoconhecimento e a busca por uma vida mais saudável em todos os aspectos.
Foi para conseguir cuidar da saúde mental, que a jovem Sabrina Giehl, 26 anos, iniciou um processo de transformação interna que a ajudou a vencer a depressão. Formada em cursos profissionalizantes na área de Terapias Integrativas, hoje ela vive no Arizona, Estados Unidos, onde trabalha como Au Pair.
Através dessa atividade ela passou a fazer parte de uma família americana durante um período para cuidar dos filhos do casal e recebe em troca acomodação, refeições e remuneração semanal, além da oportunidade de viver e estudar nos EUA. Mas antes disso, ela precisou enfrentar e superar a depressão. Para isso, ela contou principalmente com a ajuda da mãe, Vilsonia Fagundes.
“Tive a primeira crise com apenas 8 anos de idade, mas lembro como se fosse ontem. Comecei a chorar o dia todo e não queria levantar ou brincar. Eu não tinha motivos para isso. Na época, fui levada a um neurologista e iniciamos um tratamento”, recorda. Dos 8 aos 18 anos Sabrina fez uso de medicamentos e trocou de profissionais. No entanto, as crises sempre voltavam. “Com 14 anos foi a pior, na qual eu nem caminhava mais”, recorda.
Aos 18 anos ela tomou a decisão de mudar o estilo de vida e passou a buscar por uma transformação interna. “A partir de então fui a um psicólogo, busquei por Terapias Integrativas e fiz alguns cursos nessa área. O que mais me transformou foram as Terapias Integrativas, como a aromaterapia e, especialmente, as barras de access, área que, inclusive, me tornei terapeuta depois. Fui em busca de novos objetivos, de um propósito”, destaca.
“A saúde mental é fundamental para uma vida saudável e feliz. Mesmo com acompanhamento médico para depressão, na minha opinião, o autoconhecimento, terapias e a busca por entender a raiz do problema é o mais importante, tanto para o tratamento quanto para a prevenção e para pessoas saudáveis viverem de forma plena.”
SABRINA GIEHL – Au Pair e estudante
Mudança
Em março, a jovem se mudou para o Alasca, nos Estados Unidos, onde morou durante quatro meses. “Quando iniciei o processo de autoconhecimento comecei a sonhar em viajar o mundo e conhecer outras culturas. Passei esse período como Au Pair na capital do Alasca, Juneua. Depois, me mudei para a cidade de Williams, no Arizona, e moro na famosa rodovia Route 66”, menciona.
Além de ser Au Pair, a venâncio-airense estuda Administração de Empresas e está aprofundando o estudo nas línguas inglesa e espanhola. “E sigo cuidando da minha saúde mental diariamente. Pratico yoga, meditação e muitos esportes. Percebo que isso me ajuda a me manter bem física e mentalmente”, salienta.
Sabrina ainda não retornou para Venâncio depois da mudança e a intenção é fazer isso em dezembro, quando deve tirar férias. Segundo ela, a saudade da família e dos amigos é driblada com a realização de chamadas de vídeo. “Sinto muita falta do meu cachorro de estimação, o Otto, um pequeno Pinscher, mas meu padrasto me manda vídeos e fotos dele todos os dias.”
Para quem está passando pela depressão, Sabrina deixa um conselho muito importante: procure ajuda. “De amigos, da família e de profissionais. Com certeza o acompanhamento médico com medicamentos é importante no primeiro momento, mas não é a cura ou a solução. É preciso encontrar a causa do sofrimento e os objetivos para sua vida. O meu foi viajar pelo mundo”, ressalta.