Ajustes na concessão da RSC-287 elevam valor máximo dos pedágios

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A crise sanitária e econômica fez o Governo do Estado alterar o plano de concessão da RSC-287 à iniciativa privada. Para garantir o equilíbrio e a viabilidade do contrato, com duração de 30 anos, o tempo de duplicação total da rodovia foi alterado. As informações foram apresentadas quarta-feira, 20, pelo secretário Extraordinário de Parcerias do Rio Grande do Sul, Bruno Vanuzzi, em entrevista ao programa Terra em Meia Hora, da Terra FM.

Sobre o valor-teto da tarifa de pedágio – que agora ficará pouco acima dos R$ 7 -, Vanuzzi destacou que a medida foi necessária porque a base de dados do projeto era de 2017. Nesse período, insumos tiveram valor majorado, principalmente o asfalto. De acordo com ele, o valor foi reajustado em mais de 95% nesse período. Nas atualizações anteriores do projeto, o valor máximo do pedágio estabelecido era de R$ 5,93, mas depois foi alterado para R$ 6,42.

Antecipação de obras

Contudo, mesmo que o período final de duplicação da rodovia, entre Tabaí e Santa Maria, tenha sido alterado, a região foi beneficiada com antecipação de obras. O secretário anunciou que do trecho entre a BR-386 e Novo Cabrais o tempo de duplicação, que antes era de nove anos, agora mudou para seis anos. Vanuzzi avaliou que isso beneficia diretamente Venâncio Aires, que concentra garante parte dos pontos de lentidão da rodovia nos horários de maior movimentação.

O período final de duplicação dependerá agora da recuperação econômica. Os 11 anos iniciais de duplicação foram ampliados, especialmente do trecho entre Novo Cabrais e Santa Maria. Mas permanece inalterado o projeto para instalar cinco praças de pedágio. Além das duas praças atuais, localizadas em Venâncio Aires e Candelária, serão instalados mais três pedágios: em Taquari, Paraíso do Sul e Santa Maria.

RSC-287

• São 204,5 quilômetros de uma obra que tem o custo de concessão estimado em R$ 2,2 bilhões. Já sobre o lançamento do edital, o Governo do Estado acredita que seja possível, mesmo com a pandemia provocada pelo coronavírus, apresentá-lo ao mercado no segundo semestre.

• O projeto está na fase final de adequações para depois ser analisado pelos órgãos externos, como Tribunal de Contas do Estado e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). O leilão da rodovia, 100 dias depois da apresentação do edital, tem como local preferido para ser realizado na Bolsa de Valores de São Paulo.

    

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