Um dos mais comentados nas redes sociais, manchetes e nas conversas dos venâncio-airenses no início do ano, Antony Sackser de Mello, hoje com 4 anos, segue sua rotina intensa de tratamento para recuperar seu desenvolvimento normal.
Para quem não lembra, a trajetória do menino começou há dois anos, quando teve lesões cerebrais por conta de um encefalite viral. Com a falta de oxigenação, ele perdeu a coordenação motora. Mas, foi a partir deste ano, que Antony deu um passo importante no seu tratamento, após conseguir recursos para um acompanhamento médico na Tailândia. Isso aconteceu em fevereiro e a previsão era de que a segunda etapa fosse concluída até setembro.
No entanto, a nova viagem ao país asiático pode ser adiada por mais alguns meses. O motivo, em uma explicação mais simples, é porque as células-tronco recebidas na Tailândia ainda estão atuando no corpo do menino. “As células ainda estão agindo, podem agir no corpo por até um ano. Por isso estamos na expectativa dessa evolução. Ele está com cinco meses de aplicação e a recomendação é esperar. A princípio vamos até o fim do ano”, relatou Juliana Andréia Sackser, mãe de Antony.
Mas, essa ‘espera’ está associada a uma rotina intensa de um tratamento em Porto Alegre. Três vezes por semana, o menino é levado a uma clínica particular na capital para acompanhamento de diversos profissionais, entre fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. Lá, passa por sessões de fisioterapia, durante quatro horas por dia. “Agora está evoluindo mais, está com mais força, reagindo às brincadeiras. Tem força na perna, tenta se levantar e faz menções diferentes”, contou Juliana.
Conforme ela, a partir de agosto, o filho passará para o que chamam de ‘protocolo intensivo’, esse de segunda a sexta. Para as viagens quase diárias a Porto Alegre, Juliana conta com apoio de vizinhos e familiares. Nos próximos meses, quando as temperaturas tendem a aumentar, Antony também deve retomar as sessões de equoterapia e acupuntura.
RELEMBRE
A campanha para viabilizar o tratamento médico na Tailândia começou no fim de 2018 e, em janeiro de 2019, foi viabilizada graças a uma rápida mobilização popular.
Inicialmente era necessário arrecadar R$ 320 mil para a viagem e o tratamento, mas foram confirmados R$ 443 mil, após a doação de diversas pessoas ligadas a uma empresa, a qual não teve o nome divulgado. A sobra da campanha foi repassada pela família Sackser/Mello para o projeto da UTI Neonatal de Venâncio Aires.
Em fevereiro, foram praticamente quatro semanas longe do Brasil. Naquele período, Antony ficou no Better Being Hospital (BBH) de Bangkok, para o tratamento com células-tronco.