Por Jaqueline Caríssimi
A Casa de Acolhimento, localizada no bairro Coronel Brito, conhecida como Casa de Passagem, há dois anos passa por reformulações para se adequar à nova tipificação do estabelecimento exigida por lei. Dentro destas adequações, a gerente e coordenadora Doraci da Silveira foi afastada do cargo.
A confirmação é de Fernando Heissler, presidente do Comitê de Ação e Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida de Venâncio Aires, entidade mantenedora do local. Heissler disse que uma nova coordenação deverá ser anunciada em junho, após a eleição do comitê. Até lá, a Casa de Acolhimento fica sob responsabilidade das profissionais técnicas que atuam no local, dentro da nova proposta de atendimento que são: psicóloga, assistente social e psicopedagoga.
Doraci atuou durante 15 anos na Casa de Acolhimento sendo uma das fundadoras, em 2005, da então Casa de Passagem. A explicação sobre o afastamento teria sido pelo alto salário – segundo Doraci, R$ 3 mil para 40 horas de trabalho – e pela falta de ensino superior, conforme prevê a nova estruturação legal do espaço.
“Ainda estou meio estarrecida com o que me aconteceu, mas estou tranquila pois me dediquei e fiz, nestes 15 anos, o melhor que pude por aquelas crianças e pela Casa de Passagem”, lamenta Doraci. O afastamento foi no dia 3 de fevereiro. “Me dediquei a vida toda, muitas vezes deixando minha família de lado, mas dei o meu melhor”, ressalta. Atualmente a Casa de Acolhimento atende 23 crianças e adolescentes.