Castelhano volta a ‘respirar’ com o início do trabalho da draga

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Aos poucos, o principal arroio e responsável por abastecer Venâncio Aires volta à normalidade. Na semana passada, uma draga de grande porte começou a limpeza das margens e leito do Castelhano e a previsão é que ela siga trabalhando até a água ter vazão normal. Mas um acidente, na terça-feira, 25, fez ela parar por dois dias.

A areia acumulada no fundo do arroio e os troncos, galhos de árvores e outros entulhos são os fatores que impedem a água de seguir seu leito normal. Isso faz com que ela se acumule e ocasione o fenômeno que é visto por quem circula pelo acesso a Grão Pará e, principalmente, pela RSC-453: dezenas de árvores morreram e há água acumulada em partes baixas dos bairros União e Morsch.

Outro fator visto é o volume do Castelhano. Nas pontes do acesso a Grão Pará e na RSC-453, o arroio parece não ter vazão. No entanto, na ponte sobre o Passo do Cananéia, a água corre timidamente, deixando claro que há barreiras naquele trecho do arroio.

O ‘gargalo’ fica distante 300 metros, em linha reta, da ponte sobre o Castelhano, na RSC-453, e a pouco menos de dois quilômetros da estrada geral de Linha Grão-Pará, bem perto de onde ficava o campo de futebol do bairro Battisti. A mata é muito fechada, o que dificulta o trabalho.

Grande quantidade de galhos e troncos de árvores são os maiores problemas (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)

DESASSOREAMENTO

Nessa quarta-feira, 26, à tarde, o secretário Clóvis Schwertner disse que a obra, feita pela Empresa Queiroz, de Venâncio, com uma máquina alugada, já começa a dar resultados. “A limpeza está sendo feita de baixo para cima, nos fundos do bairro Battisti, e já se nota que a água está tendo vazão”, explica o titular do Meio Ambiente. Hoje ou sexta-feira, Schwertner pretende fazer uma medição na caixa do Castelhano, para ver quantos metros já baixou.

O secretário explica que há um recurso de aproximadamente R$ 30 mil, vindo do fundo do Meio Ambiente, para fazer este primeiro trabalho. “Vamos trabalhar mais uns dias e então veremos qual é o resultado. Em cima disto, faremos um diagnóstico do que é preciso fazer para o Castelhano voltar a escoar normalmente.

ACIDENTE

Sobre a máquina ter tombado no arroio, o secretário comentou que acidentes acontecem. Na terça-feira, a draga tombou dentro do arroio. Não foi detalhado como aconteceu, mas o acidente impediu a continuidade do trabalho. No entanto, foi possível ver que o arroio está limpo – muita terra, areia e entulhos foram retirados – e com uma boa vazão.

Na manhã e na tarde dessa quarta, duas dragas da Prefeitura e um trator de uma empresa particular andaram cerca de 2 quilômetros mata adentro, para tentar retirar a máquina da água. Até o fechamento desta edição, a informação era de que a draga seguia dentro do Castelhano. Ninguém se feriu no acidente.

Acidente com a draga, na terça-feira, interrompeu momentaneamente os trabalhos (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)


Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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