Na sessão da Câmara de segunda-feira, 5, o vereador Renato Gollmann (PTB) criticou a Administração por não ter decorado melhor as praças da região central para a Páscoa, como aconteceu nos anos anteriores, na gestão de Giovane Wickert (PSB), sob supervisão da então primeira-dama Cristiane Wickert. “Este ano, tinha pouca coisa. Parecia mais a cidade dos pirulitos”, ironizou. Em resposta, o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) afirmou que partiu dele mesmo a ordem para que nenhum real fosse gasto em ornamentação, já que Venâncio Aires enfrentava um momento crítico no que se refere à pandemia de coronavírus e todos os recursos estavam sendo empregados no combate à doença. O chefe do Executivo também declarou que, se os espaços públicos fossem decorados, poderia ocorrer aglomerações, justamente o que não é recomendado pelas autoridades. “Tem coisas que eu não consigo entender. Queria que eu pedisse para as pessoas pararem de respirar no hospital para investir R$ 50 mil em ornamentação de Páscoa?”, indagou. Jarbas lembrou que, poucos dias antes do domingo de Páscoa, autorizou a utilização de itens de decoração nas praças por conta da queda no número de casos, internações e mortes por Covid. “Mesmo assim, usamos só o que tínhamos guardado. O custo foi zero, pois até o trabalho foi voluntário”, concluiu.
MUCHILA PROMETE VOLTAR AO TEMA DA NEGOCIAÇÃO
O vereador Elígio Weschenfelder (PSB), o Muchila, promete voltar à carga, na sessão da próxima segunda-feira, 12, em relação ao encerramento das negociações entre Prefeitura e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Venâncio Aires. Ele acredita que o assunto não está encerrado e garante que a categoria se sentiu desvalorizada por não ter recebido, pelo menos, a revisão inflacionária, algo em torno de 5,2%. “Além disso, a maneira como fomos recebidos pelo prefeito, só de lembrar me arrepio de raiva. Foi de uma arrogância e uma insensibilidade incríveis”, disparou o oposicionista, servidor público e ex-integrante do sindicato. Em manifestação feita na quinta-feira, 8, o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) disse que a questão da negociação salarial “foi resolvida em poucos minutos” e que não teve problema com o presidente da entidade, João Batista Gomes. “Tinha que deixar claro que a legislação não permitia qualquer revisão, assim como o orçamento não previa uma reposição. Lógico que não é o que queríamos, mas em um momento de pandemia e de impeditivos legais, tivemos que anunciar a medida”, esclareceu. Em relação a Muchila, Jarbas admite que foi um pouco mais incisivo durante a reunião. “Isso porque ele ficava ventilando a hipótese de aumento parcelado, um pouco a cada mês. Eu não podia me comprometer e não sou de ficar enrolando as pessoas”, rebateu.
KRÄMER E FININHO TROCAM ‘GENTILEZAS’ EM ÁUDIOS
Circulam pelos grupos de WhatsApp áudios do ex-vice-prefeito Celso Krämer (PTB) e do capataz de distrito Sérgio Tadeu Martins, popularmente conhecido como Fininho, em que os dois trocam ‘gentilezas’ e provocações. Krämer critica o desafeto por não ter concorrido a vereador pelo PTB no ano passado e afirma que Fininho não passa de “um conversador fiado, que não tem voto”. Ao tomar conhecimento da mensagem do ex-vice-prefeito, o cargo em comissão (CC) do atual governo responde dizendo que Krämer e o PTB ficarão isolados e que o presidente petebista acabou para a política. Fininho desafia ainda que Krämer se candidate a vereador na próxima eleição e que os dois meçam forças na localidade de Taquari Mirim, reduto eleitoral do ex-gestor. “O que é teu tá guardado”, encerra o capataz.
RAPIDINHAS
• Sem citar nomes, o vereador André Kaufmann (PTB) afirmou, na sessão da Câmara de segunda-feira, 5, que tem informações de que “máquinas da Prefeitura estão limpando terrenos de amigos”. Por enquanto, o assunto não ganhou repercussão.
• Também na sessão de segunda-feira, 5, a vereadora Sandra Wagner (PSB) não perdeu a oportunidade de dar uma cutucada na secretária de Planejamento e Urbanismo, Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT). Durante a votação de um projeto que autorizava a contratação emergencial de assistentes sócias, Sandra fez a lembrança de que eram “para o lugar da Ana Cláudia, que é servidora concursada e foi para a secretaria”. Antes de encerrar sua manifestação, afirmou ainda que as pessoas “não podem pensar que todas as contratações são por conta da pandemia de coronavírus”.
• Na mesma sessão, o vereador Clécio Espíndola, o Galo (PTB), sugeriu que as capatazias estão em passo de tartaruga. De acordo com ele, os servidores estariam impedidos de trabalhar. “Não adianta ficar guardando material para o inverno. Tem que deixar o pessoal trabalhar, eles sabem fazer as coisas”, declarou.
• Primeiro suplente do PTB, Alberto Sausen assumiu como vereador na segunda-feira, 5. Ele está na vaga de Diego Wolschick (PTB), que pediu afastamento por motivos particulares. Na sua primeira manifestação como vereador, Sausen, que fez 764 votos em 2020, afirmou que é a favor de que os mais votados tenham prioridade na formação do Legislativo. “Fui o nono mais votado. Talvez um dia esta legislação mude”, comentou.
