Cooperativa assume Usina de Triagem

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A Usina de Triagem de Linha Estrela, em Venâncio Aires, passará a ser responsabilidade de uma cooperativa. Depois do fim do contrato com a Reciclagem Serrana, quem assume é a Cooperativa Regional de Catadores dos Vales do Taquari e Rio Pardo (Cootralto), fundada há 20 anos em Lajeado, mas que atua em Teutônia.

Os trabalhos nas esteiras devem começar oficialmente nesta quarta-feira, 11. Desde o fim da última semana, uma equipe está lá para instalar a parte elétrica e equipamentos, como prensas hidráulicas, contêineres para vidro e sucata, além de uma retroescavadeira. Assim que tudo estiver em condições, a reciclagem recomeça. São cerca de 34 toneladas de resíduos por dia e, como a triagem não está funcionando desde a semana passada, há muito o que fazer.

O objetivo da cooperativa já é iniciar com pelo menos 20 pessoas (a maioria já atuava na usina) e o aproveitamento também deve ser maior. “Queremos dobrar o número de cooperados, assim como aumentar o aproveitamento da reciclagem”, estima o sócio-fundador da Cootralto, Arlindo Santos.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Clóvis Schwertner, a proposta é que se passe de 10% para até 20% o aproveitamento da reciclagem. “Precisamos diminuir custos e que vá a Minas do Leão apenas o que é rejeito mesmo.”

OBJETIVO

Além de melhorar os números, o objetivo, conforme Schwertner, é ter um local para o recebimento de mobiliário e pneus. “Estamos pensando algumas modificações, porque quanto melhor aproveitarmos, menos rejeito vai para o aterro.”

O sócio-fundador da Cootralto, Arlindo Santos, também reforçou a importância de um local adequado para a destinação de móveis. “Venâncio precisa de um espaço para isso. Em Teutônia já temos como receber mobiliário e vem resíduos de outros municípios da região.”

CONTRATO

  1. A Cootralto assume a usina depois do fim do contrato com a Reciclagem Serrana, que estava à frente dos trabalhos há quatro anos. Segundo o assessor da Secretaria de Meio Ambiente de Venâncio Aires, Éder Schroeder, a Serrana não teve interesse de renovar a parceria, que ainda poderia ser feita por um ano, devido aos valores.
  2. O término do contrato foi na última quarta, 4, e por isso a Administração Municipal abriu nova licitação. Mas, como os prazos tradicionais de um processo licitatório levam meses e para evitar ainda mais o acúmulo de resíduos, a alternativa foi uma tomada de preço.
  3. De acordo com Éder Schroeder, foi a Cootralto quem ofereceu o menor valor – R$ 20 mil mensais. Assim, foi efetivado um contrato emergencial de quatro meses e a licitação segue aberta. A princípio, a cooperativa atuará no local até janeiro, quando encerra o prazo.

NÚMEROS

Venâncio Aires tem uma produção que gira entre 850 a 900 toneladas de resíduos por mês e 40% disso é rejeito que vai para o aterro sanitário de Minas do Leão. Na cidade, são quase 300 contêineres, sendo que 11 deles (ao longo da rua Osvaldo Aranha) são apenas para lixo seco, da coleta seletiva. Os outros são para material orgânico e, nos locais onde estes estão, também ocorre coleta seletiva. Nos bairros, ela ocorre uma vez por semana e as pessoas devem deixar o lixo seco em frente às casas.



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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