Comitiva da Prefeitura, formada pelo prefeito Giovane Wickert, o secretário do Meio Ambiente, Clóvis Schwertner, e o assessor da pasta, Éder Felipe Schroeder, juntamente com o representante da empresa MJ Soluções Ambientais, Paulo Marcelo Dutra, verificou, ‘in loco’, a atual situação do arroio Castelhano. O que se viu foram muitos troncos e galhos de árvores que dificultam o fluxo normal das águas. Mas o maior problema, observou o chefe do Executivo, está nas galerias que passam por baixo da RSC-453.
Por cerca de duas horas, Wickert e os demais se embrenharam na mata e foram até alguns pontos críticos do arroio. Guiados por Dutra, que lidera a equipe que faz limpeza do Castelhano, conheceram alguns lugares críticos, que antes da primeira limpeza estavam bem piores. “Isto aqui ainda está ruim, mas era horrível antes de fazermos a primeira limpeza”, observou o representantes da MJ.
Ele mostrou alguns pontos onde a água do Castelhano somente seguia o fluxo quando chovia. As árvores, lixo – como garrafas pet e pneus – se acumularam e com a terra que desceu com a água, formaram algumas ilhas e novas rotas. Graças ao assoreamento, havia lugares onde era possível atravessar o arroio sem se molhar, por cima da montanha de galhos, lixo e terra.
Hoje a realidade já começa a mudar. E o que antes formava barreiras na água, hoje está se acumulando nas margens do arroio. Chama atenção a imensidade de troncos de grandes proporções que foram retirados e alguns ainda estão na água. “Precisamos usar uma draga em alguns pontos e então o fluxo da água seguirá com mais facilidade”, salientou Dutra.
“70% dos problemas – que estão matando as árvores – é esse aqui, pois não adianta que o Castelhano tenha vazão e a água volte pelas galerias e se acumule.”
GIOVANE WICKERT – Prefeito
ÁRVORES MORTAS
O problema que dificulta a vazão do Castelhano, salienta o prefeito, nada tem a ver com as árvores que estão morrendo na várzea. Wickert acredita que a limpeza das duas galerias que auxiliam para evitar alagamentos na parte baixa da cidade, está diretamente ligada à morte das árvores. “Solucionamos o problemas dos alagamentos no Loteamento Artus, mas arrumamos outro problema”.
Ele se refere ao fato da água que escoa pelas galerias voltarem, quando o nível do Castelhano está muito alto. “A água vai até o arroio, volta e se acumula na várzea e depois não tem força para seguir seu curso normal”, diz.
Uma das alternativas que será estudada é a utilização de uma bomba d’água para sugar a água que fica acumulada nestes pontos e a mandar para o Castelhano. Outra é a realização de um estudo, no Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Wickert e o secretário Schwertner pretendem manter contato com a universidade para viabilizar um estudo geral sobre o arroio, a partir de março do próximo ano.
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