“O pós-pandemia será de mais cooperação”, prevê presidente da Ocergs

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A Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul (Sistema Ocergs/Sescoop/RS) divulgou, nesta semana, o balanço do ano de 2019 das cooperativas gaúchas. O faturamento foi de R$ 48,9 bilhões, 1,4% em relação ao ano anterior.

O presidente do Sistema Ocergs/Sescoop/RS, Vergilio Perius, salienta que as sobras – o que no desenvolvimento privado é chamado de lucro – foram muito melhores que os anos anteriores, correspondente a R$ 2,4 bilhões, um crescimento de 11% em 5 anos. “É sinal que agiram bem as cooperativas. Com o recurso que entrou, houve uma boa administração. Isso temos que destacar no segmento cooperativo, é fundamental”, salienta.

Há 15 anos na presidência da Ocergs, Perius destaca que o tempo de pandemia é uma fase de aprendizado e compreensão humana. “Eu penso que o pós-pandemia será muito solidário no Brasil e de mais cooperação. Consequentemente, o cooperativismo terá um campo mais fértil para crescer”.

O presidente sugere duas áreas que podem ser apostas para o desenvolvimento econômico do estado e país, com a criação de empregos. “São 35 milhões de pessoas sem renda e trabalho. Em pensamentos cooperativos, não vejo outros dois caminhos que não sejam construção civil e agroindústrias. A economia mundial aponta esses caminhos”, defende.

Ele observa que, para que as iniciativas possam ser colocadas em prática, é necessário o apoio do Governo Federal com políticas públicas direcionadas para esses ramos. Na construção civil, a sugestão é o investimento em casas populares e aproximação dos novos conjuntos habitacionais com a agricultura, para a formação de agrovilas, modelo utilizado na Europa.

No ramo de agroindústrias, Perius acredita que apostar em setores de grandes produções seja um caminho. Para ele, o Rio Grande do Sul poderia se espelhar no Paraná, por exemplo, que apostou no setor de trigo e farinhas. “A trituração de soja poderia ser feita aqui, criando tributação e ICMS para o nosso estado”, ressalta. Ele também defende que o ramo de carnes e leite tem tudo para prosperar. “O setor do campo tem muitas possibilidades”, prevê.

Cooperativismo em números

Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 444 cooperativas, que totalizam 2,97 milhões de associados e 64,6 mil empregados. O ramo agropecuário é o maior, no ponto de vista econômico, com 128 cooperativas, 343,7 mil associados e 37,2 mil empregados. “O agronegócio emprega muito, tem 55% dos empregos no setor. A grande parte dos produtores rurais são assistidos por uma cooperativa”, afirma o presidente do Sistema Ocergs/Sescoop/RS Vergilio Perius.

Dia C

Ação desenvolvida pelas cooperativas de todo o país, o Dia C é realizado durante todo o ano, mas, para o Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado neste sábado, 4, são realizados eventos especiais. Neste ano, a mobilização será virtual e, no Rio Grande do Sul, será realizada das 14h às 15h deste sábado, 4. A transmissão ao vivo no Youtube e Facebook do Sistema Ocergs terá participação dos diretores que representam diferentes ramos do cooperativismo.

Vergilio Perius destaca que as ações com ênfase no espírito colaborativo e solidário são realizadas pelas cooperativas durante todo o ano. Campanhas de doação de sangue, agasalhos e mantimentos estão entre as iniciativas. Durante a pandemia, também foram feitas ações específicas para beneficiar hospitais, o que gerou R$ 26 milhões em doações.



Cassiane Rodrigues

Cassiane Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atua com foco nas editorias de geral, conteúdos publicitários e cadernos especiais. Locutora da Rádio Terra FM, tem participação nos programas Terra Bom Dia, Folha 105 1° edição e Terra em Uma Hora.

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