Um dos aprendizados deixados pela crise, que se originou da pandemia do coronavírus, é a possibilidade de se reinventar. Para buscar novas alternativas e se manter no mercado de trabalho, o DJ venâncio-airense Felipe Bogorny apostou em uma nova área de atuação: a produção de cordões de elástico para a confecção de máscaras de proteção.
Com a deficiência de matéria-prima e outros insumos, o DJ percebeu neste cenário uma oportunidade para investir em um negócio a curto prazo, que atendesse às demandas de mercado. “Há praticamente 40 dias, a minha empresa de eventos está praticamente parada em decorrência da pandemia e a previsão de retorno é incerta. Mesmo assim, não podemos ficar de braços cruzados para esperar tudo voltar ao normal. Por isso, investi em outras alternativas”, afirma.
Há aproximadamente uma semana e meia, Felipe iniciou a produção de cordões de elásticos, na própria sede da empresa de eventos, localizada no bairro União. No local, são produzidos, em média 2 mil metros de elástico, por dia. O material é comercializado em Venâncio Aires e microrregião e também já está disponível no mercado on-line.
Segundo Bogorny, nas primeiras semanas da pandemia, a corrida pela matéria-prima em Venâncio Aires foi muito grande e, por um determinado período, a produção supriu o mercado. Mas, em vista deste cenário, ele acredita que as máscaras ainda vão fazer parte da rotina das pessoas, por mais alguns meses, por isso a tendência é o aumento na procura. “Fiz uma pesquisa prévia para ver se o negócio era viável, mas só consegui identificar no decorrer dos dias, quando coloquei a mão na massa”, destaca.
Em poucos dias, a aposta no novo segmento trouxe resultados positivos para o empreendedor, que estima ampliar a produção de cordões de elásticos. Dentro de alguns dias, Felipe irá receber mais seis máquinas (agulhadeiras), compradas sob encomenda de uma empresa, no próprio estado. “Minha ideia é produzir em torno de 14 mil metros/dia”, afirma o empreendedor, que ainda está aguardando a certificação, para produzir em grande escala. Assim que a produção for oficializada, ele pretende vender o produto para todo o Brasil.
PESQUISA
Antes de investir na linha de produção, Felipe Bogorny fez uma pesquisa de mercado. “Percebi que a procura pela matéria-prima era maior que a capacidade produtiva”, explica o empreendedor.
Ele afirma que há aproximadamente um mês realizou testes para atender as exigências do mercado e testar a qualidade do produto, antes de efetivamente iniciar a produção. “O mercado é muito imediatista, não sei se este negócio será viável por muito tempo, pois o mercado externo é muito competitivo. Mesmo assim, esta é uma nova aposta, e tudo está sendo bem calculado para eu ter a menor chance de perda possível”, avalia.