Ensinar o próximo. É esse o principal intuito do artesão Ademir Fontoura Maciel. Morador de Linha Travessa, ele está disposto a realizar um curso de artesanato gratuito de cuias com todas as espécies de porongos aos interessados. A comunidade de Venâncio Aires que estiver disposta a participar da iniciativa deve entrar contatar com o artesão pelo número especialmente para ligações 98464-5805 e 99581-3067 para mensagens de WhatsApp.
A ideia, segundo Maciel, surgiu ainda no tempo em que estava concorrendo a vereador nas eleições municipais de 2016. “Na época, foi uma promessa de campanha e muitas pessoas demonstraram interesse”, conta. Além disso, o principal objetivo do curso é viabilizar um fonte de renda complementar.
Aquele que se interessar pela oportunidade irá entender desde a matéria-prima que é utilizada para produzir uma cuia até a finalização no momento da comercialização. A intenção do artesão é oferecer também um certificado aos participantes, que terão, ainda, a possibilidade de obter a carteirinha de artesão. “No final do curso vou convidar a equipe da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social para que eles venham até aqui e confeccionem a carteirinha aos interessados. Essa é uma forma para que eles participem também das feiras locais”, comenta.
TRAJETÓRIA
Ademir Fontoura Maciel tem 53 anos. Natural de Frederico Westphalen, morou em Porto Alegre durante nove anos, onde seguiu carreira como fiscal de ônibus. No entanto, foi quando mudou-se para Triunfo, em 1990, que criou gosto pelo artesanato em cuias. Na época, sabia apenas fazer cuias lisas, sem artesanato. Foi incentivado por um amigo que passou a utilizar polipox para criar diferentes estilos para suas cuias. “Desde então não vendi mais cuias lisas, só trabalhadas”, destaca ele.
Em 2015 realizou um curso semelhante ao que está sendo proposto no município. “De lá, saíram 33 artesãos com carteirinha”, recorda. Além de comemorar por oportunizar essa possibilidade, Maciel relembra que foi através de cursos oferecidos pelo própria fundação que conseguiu a carteirinha de artesão. Hoje já são seis anos morando na Capital Nacional do Chimarrão, juntamente com a esposa Jaqueline dos Santos Maciel e a pequena Sara, de 11 meses. Ele também tem outros dois filhos de um primeiro casamento, Cristiano e Nicolas, de 32 e 21 anos, respectivamente.
FIQUE POR DENTRO
1 Ademir consegue produzir, em média, cerca de oito porta-erva-mate por dia.
2 Por dia é possível produzir de 10 a 12 cuias.
3 Ele adquire a matéria-prima bruta de um fornecedor na cidade de Triunfo.
4 Há 21 anos, ele participou da Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), que foi uma das que mais conseguiu vender o produto.