Quem passou pela VRS-816 nesta terça-feira, 12, deve ter cruzado com trabalhadores do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) em novo tapa-buracos ao longo da rodovia. E isso deve se repetir, pelo menos, a cada 30 dias.
Uma pequena equipe – cerca de meia dúzia – que contou com o apoio de um rolo emprestado pela Prefeitura de Venâncio Aires, percorreu o trecho entre a Cabana São Judas Tadeu, no Grão-Pará, até o salão Gigante, em Linha Travessa.
Com enxadas para espalhar o chamado CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), uma espécie de massa asfáltica, os trabalhadores do Daer preencheram inúmeros buracos. Estes, que alguns moradores e usuários comparam a verdadeiras ‘crateras’, parecem, a cada chuvarada, ficar maiores.
“É um trabalho emergencial e esperamos que dure um pouco mais. Mas toda vez que tem dias seguidos de chuva, como foram os últimos, vai piorando”, comentou o dirigente administrativo da 11ª Superintendência do Daer, em Lajeado, Jorge Textor.
Ainda conforme Textor, a operação tapa-buracos segue nesta quarta-feira, 13, até a RSC-453, no trevo de acesso a Vila Palanque. Depois disso, é provável que o trabalho se repita em dezembro. “Manteremos as operações mensais ou conforme a demanda.”
“Desvia de um, cai em outro”, diz moradora
Morando na Linha Travessa desde que nasceu, a vendedora Jacira Camargo, 47 anos, afirma que a situação da rodovia tem piorado nos últimos anos. “Essa é uma luta de muito tempo e se não houver manutenção frequente, vai terminar com o resto, porque a beirada do asfalto já está quebrada.”
Jacira mora próximo à Igreja Nossa Senhora Aparecida e, todas as manhãs, percorre a VRS-816 para levar a filha à escola São Judas Tadeu, em Grão-Pará. “Todos os dias eu vejo as mesmas cenas: motoristas tentando desviar e correndo risco de acidente. Mas desvia de um buraco, cai em outro. Em dia de chuva, então, é um perigo.”
Sobre a ideia de realizar operações mensais de tapa-buracos, a vendedora acredita que seja uma alternativa. “Se tiver esse cuidado de tempos em tempos, já vai amenizar sim.”
IMPRESSÕES DE REPÓRTER
Por Alvaro Pegoraro
Andar pela VRS-816, trecho entre o monumento do Colono e Imigrante, em Grão-Pará, e o trevo da RSC-453, em Linha Travessa, nunca foi tarefa fácil. Mas como estava até ontem, é coisa nunca vista. Havia verdadeiras crateras em todo o trajeto de aproximadamente cinco quilômetros. Como referem os moradores, “é um buraco dentro do outro”.
Ontem pela manhã, uma equipe do Daer fez um novo tapa-buracos. Colocaram material, emparelharam com enxada e passaram o rolo compressor por cima. Mutirão exatamente igual aos feitos anteriormente. Isso quer dizer que, em breve, depois de novas chuvas, os buracos voltarão a aparecer e a atenção dos motoristas, outra vez, terá que ser redobrado.