Desde os primeiros anos de atuação no município, mais do que informar sobre os acontecimentos locais, a Folha do Mate aborda assuntos relevantes no dia a dia da população nos mais diferentes setores. Durante os 48 anos, diversas mudanças na área política e econômica foram noticiadas.
Um dos marcos foi em 1994, com a implantação do Plano Real. Na época, o então presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Adilor Adams, foi uma das lideranças entrevistadas sobre as mudanças. Hoje, o empresário tem 38 anos de atuação no ramo do comércio e, ‘na bagagem’, a passagem por entidades representativas da categoria, como as extintas CDL e Associação do Comércio e Indústria de Venâncio Aires (Aciva), e Câmara do Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), que tem 20 anos de representatividade no município.
Ele lembra que, antes da implantação do Plano Real, a economia passou por um forte período de inflação. “Vivíamos em uma época em que o dólar oscilava diariamente, não podíamos fazer um orçamento válido por mais de dois dias.”
Adams recorda que, nos supermercados, era normal um produto conter várias etiquetas coladas uma em cima da outra, tamanha era a mudança de preços, chegando de 10% a 20% de aumento.
Antes da implantação do Plano Real, o governo criou a Unidade Real de Valor (URV). “Era um indexador que acompanhava a variação do dólar, que era nosso maior problema. Baseado nisso, foi criado o real”, afirma. Na época, cada R$ 1 era equivalente a 1 dólar. “Podemos ver que, de lá para cá, já mudou bastante. Não é o dólar que subiu, mas nossa economia que desvalorizou”, observa Adams.
O empresário acredita que o cenário pós-pandemia de coronavírus deve vir com um período de forte inflação novamente. “As variáveis econômicas que foram feitas geraram muito imposto, então acredito que vamos levar de dois a três anos para nos estabilizarmos”, diz.