Em tempos de pandemia, pensar e readaptar o turismo é um dos grande desafios. Em Venâncio Aires, conforme o coordenador de turismo do município, Osvaldo Daniel Pinheiro, essa “nova normalidade” precisa ser repensada. Na última sexta-feira, 22, um encontro foi elaborado para falar sobre turismo rural e novas ideias foram apresentadas.
O Centro de Atendimento ao Turista (CAT) recebeu a doutoranda em Desenvolvimento Regional da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Taciane da Silva, para falar sobre as percepções do turismo rural com base nas experiências vivenciadas no Brasil e no México. Ela conversou com o coordenador de turismo, com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Nelsoir Battisti, com a guia de turismo Sônia Lang e com a extensionista rural social da Emater, Viviane Röhs.
A pesquisadora relatou sua experiência de estágio sanduíche na cooperativa de campesinos indígenas mexicanos Tosepan Kali, no estado de Puebla, no México, e da comunidade Morro Azul, localizada em Três Cachoeiras, no Rio Grande do Sul. “Percebo que estamos em uma nova normalidade, com novas tendências de turismo. Vivi lá [México] até o início da pandemia. Eu percebo que o turismo rural é uma alternativa, uma oportunidade que tem uma série de desafios”, enalteceu a doutoranda.
Conforme Taciane, um dos diferencias do México e da experiência que ela viveu foi a aposta em nichos de mercado para explorar o turismo e o potencial turístico explorado em paisagens. “Estamos na era de um turismo econômico. Um desenvolvimento para valorizar a cultura do local e o meio ambiente”, observou a pesquisadora, que também destacou que o ciclismo rural vem crescendo e pode ser uma boa aposta para ser investida.
Para o coordenador do departamento de Turismo, o momento foi de aprendizado e conhecimento. “Com a fala e a pesquisa da Taciane, podemos repensar a maneira de fazer turismo. Ela nos ‘provocou’ a pensar no turismo diferente e comentou sobre métodos para aplicar novas maneiras”, disse Pinheiro. “Foram possibilidades com ideias criativas frente ao cenário que estamos vivenciando.”
“Percebo que a agricultura familiar aqui é muito forte, acho que um dos caminhos é valorizar as origens e interação. Valorizar momentos de troca de saberes compartilhando experiência do local com o visitante.”
TACIANE DA SILVA
Doutoranda em Desenvolvimento Regional