HIV/aids e sífilis entre as DSTs mais comuns

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Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateNo Cadi e postos de saúde, população pode retirar preservativos de forma gratuita
No Cadi e postos de saúde, população pode retirar preservativos de forma gratuita

HIV/aids e sífilis. Dentre as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) que são notificadas, estas são as mais comuns e crescentes entre a população de Venâncio Aires, de acordo com o Centro de Atendimento a Doenças Infecciosas (Cadi), ligado à Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), repassados pelo órgão, o número de novos casos de HIV/aids passou de 16 em 2013 para 96 em 2014. Neste ano, já são 20. Em relação à sífilis, foram 17 notificações em 2013 e 33 no ano seguinte. Em 2015, já são 38 novos casos.

Como os números se referem apenas a novos diagnósticos, eles não refletem o número de pessoas que apresentam tais DSTs, que tende a ser bem maior. “Não há dados fidedignos, pois muitas pessoas buscam atendimento na rede particular, fora do município ou nem se tratam”, explica a coordenadora do Cadi e da rede de postos de saúde do Município, Solange Sehn.

Ela também diz que são comuns entre os venâncio-airenses o condiloma acuminado – conhecido ainda como verruga genital, o HPV, o herpes genital e doenças causadoras de corrimento. No entanto, essas DSTs são subnotificadas e não há o número oficial de casos.

Para a aids e a sífilis, bem como para a hepatite B e C, ela destaca que o Cadi e os postos de saúde oferecem testes de verificação que têm confiabilidade de mais de 99% e em cerca de 10 minutos apontam se a pessoa possui uma dessas DSTs. As demais costumam ser confirmadas com diagnóstico cliníco. “Se der positivo para alguma doença, nós já encaminhamos o paciente para atendimento médico e exames específicos.”

Para Solange, o crescimento do número de diagnóstico está ligado tanto ao aumento do número de casos quanto à ampliação dos serviços disponibilizados à população, a exemplo dos testes de verificação. “Muitas vezes, a pessoa chega ao posto de saúde e nem está esperando fazer o teste, mas daí lhe é oferecida essa possibilidade e assim acabam identificados mais casos.”

Conforme a coordenadora, quando descoberta uma DST, a rede municipal de saúde oferece acompanhamento aos pacientes e disponibiliza os medicamentos de forma gratuita. “O tratamento evoluiu muito. No caso do HIV/aids, antes era preciso tomar 10, 15 comprimidos por dia e hoje tem tratamento que é dose única”, salienta.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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