Parlamentares frustrados com o tratamento recebido na EGR

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O período das Comunicações – espaço destinado às manifestações dos vereadores durante a sessão da Câmara – foi marcado por uma série de lamentações de parlamentares em relação ao tratamento recebido em reunião ocorrida na Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), em Porto Alegre, na última terça-feira, 22.

Ao utilizarem a tribuna nesta segunda-feira, 28, os integrantes da comitiva que foi à Capital afirmaram que as autoridades não demonstraram interesse em resolver os problemas que se repetem nos mesmos pontos das RSCs 287 e 453, duas principais rodovias que passam pela Capital Nacional do Chimarrão.

O primeiro a tocar no assunto foi André Puthin (MDB), que se disse “um pouco decepcionado com os dirigentes estaduais”. Conforme ele, “coisas fáceis de resolver são empurradas com justificativa de que a EGR fará estudo sobre cada questão”. O parlamentar comentou também que “às vezes, dá vontade de queimar uns pneus nas estradas para chamar mais a atenção”. Ciro Fernandes (PSC) foi além. Declarou que “o Estado e a União são ninhos de corrupção e, se parassem com a roubalheira, seria bem mais fácil atender as demandas da população”, em referência tanto à falta de preocupação com as rodovias, quanto em relação à mobilização de professores, que marcaram presença na sessão desta segunda-feira.

Sid Ferreira (PDT) destacou que, em resposta aos pedidos da comitiva – lombada eletrônica entre os quilômetros 80 e 82 da RSC-287, nas proximidades do Restaurante Casa Cheia, onde acidentes têm ocorrido com frequência; sinaleira no trevo de acesso ao bairro Brands, na RSC-453; e transferência da lombada da entrada do bairro Coronel Brito para o acesso ao bairro Battisti, também na 453 -, os integrantes da comitiva venâncio-airense ouviram “desculpas que só servem para empurrar e travar as coisas, pois se precisam de estudo para transferir uma lombada, jamais vão cumprir promessas de fazer trevos e viadutos”.

RECURSOS DO PEDÁGIO

Nelsoir Battisti (PSD), responsável pelo agendamento da reunião com o presidente da EGR, Urbano Schmitt, afirmou que “foi decepcionante ouvir do presidente que os recursos do pedágio são usados em investimentos na via, não em acessos ou trevos”. O vereador disse que os “pesos são diferentes para Santa Cruz e Venâncio, pois o pedágio é aqui e as obras são lá”, em referência ao investimento feito no viaduto Fritz e Frida. “Estão nos tirando para palhaços. O tempo todo deixamos claro que a nossa preocupação é com as mortes registradas na 287, mas não demonstram qualquer interesse em atacar os problemas”, reforçou.


“Eu senti a diferença de ser de Venâncio Aires e não de Santa Cruz do Sul. O pedágio é aqui e os investimentos lá. Só que, enquanto fazem pouco caso, esquecem que estamos falando de vidas perdidas nestas rodovias.”

NELSOIR BATTISTI – Vereador do PSD


Representantes do Cpers acompanharam a sessão da Câmara desta segunda-feira, 28. Eles fizeram protesto silencioso em relação ao que chamam de “pacote de maldades” do governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB). São projetos que alteram a previdência e as carreiras dos servidores.

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Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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