Martha e Fernando nasceram e cresceram no interior de Venâncio Aires – ela em Linha Antão e ele em Linha Maria Madalena. (Foto: Júlia Brandenburg)
Martha e Fernando nasceram e cresceram no interior de Venâncio Aires – ela em Linha Antão e ele em Linha Maria Madalena. (Foto: Júlia Brandenburg)

A primeira etapa da produção do tabaco é a semeadura nas bandejas. Depois disso, são colocadas em canteiros que permanecem até o momento de serem plantadas na terra. O processo parece ser fácil, mas o trabalho é minucioso. Com risco das mudas adoecerem, alguns fumicultores optam em não produzir na propriedade, mas adquirir com agricultores que comercializam a sobra da sua produção.

No início, era desta forma para o casal Martha Caroline Gartner, 30 anos, e Fernando Closs, 34, que construíram cinco canteiros a mais, para que as mudas fossem vendidas. Pela boa qualidade, a procura aumentou e deixou de ser apenas um divertimento e passou a ser fonte de renda extra. No momento, se somam 28 canteiros. Na safra do ano passado, comercializaram 1,2 milhão de mudas de tabaco.

Tudo começou há 10 anos, quando resolveram morar juntos e trabalhar com a cadeia produtiva do tabaco. Martha e Fernando nasceram e cresceram no interior de Venâncio Aires – ela em Linha Antão e ele em Linha Maria Madalena. No entanto, nem sempre trabalharam na lavoura. Por alguns anos, Fernando morou na cidade e atuou como mecânico de motos e Martha era fiscal de caixa de um supermercado.

O incentivo dos familiares foi essencial para que eles optassem pela agricultura como fonte de renda. O casal decidiu morar em Linha Antão, na propriedade onde residem os pais de Martha, Clécio e Lodeti Gartner, e os avós Darci e Norma. “Um casal jovem como a gente, para começar uma propriedade do zero, é quase impossível. O apoio dos nossos pais foi fundamental para que isso fosse possível”, destaca Closs.

Com muitos clientes em diversas localidades da região, o local de mais procura é o Vale do Rio Pardo, sendo 90% da venda. A produção é mantida durante o ano todo, menos no período de setembro até o final do ano, quando é a época de colheita do tabaco na propriedade onde cultivam 75 mil pés.

ENERGIA SOLAR

Pensando na inovação da propriedade, o casal instalou 136 placas solares. A energia gerada é usada para consumo das instalações como a da estufa elétrica e também fornecida para uma empresa que comprou a ideia e assinou contrato durante 20 anos. Para o futuro, eles pretendem continuar com a produção e seguir investindo, em busca da melhor qualidade para os clientes.

Júlia Brandenburg

Repórter

Com foco na agricultura e no interior, também atua em pautas gerais, sempre com um olhar atento para a apuração dos fatos

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