Presidente do Hospital São Sebastião Mártir, Marcelo Farinon, avalia ano de 2025 e fala dos projetos futuros da instituição.
O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) completa 90 anos de fundação nesta terça-feira, 22. Essa instituição, erguida nos anos 1930 com a ajuda da comunidade, segue sustentada pelo envolvimento dos venâncio-airenses e dos cerca de 600 profissionais que estão no dia a dia dentro da casa de saúde. É um sentimento, nas palavras do presidente Marcelo Farinon, “de casa”. “Isso se tem aqui dentro do São Sebastião, que é o envolvimento de todos que estão nele e da comunidade como um todo. Notoriamente, o hospital, sempre que precisou da comunidade, teve seu respaldo.”
Farinon está no primeiro mandato como presidente e o tempo de gestão, que oficialmente terminaria em maio, foi prorrogado até novembro. Ainda que sentar na principal cadeira seja algo recente, ele participa da diretoria desde 2019 e faz prestação de serviço ao HSSM desde 2007, com exames laboratoriais. Portanto, é alguém que transita nos corredores da instituição há quase 20 anos.
Conhecedor das demandas diárias e do desafio que é gerir um hospital, o presidente destaca que, para que se continue a buscar cada vez mais a qualidade, boa parte da organização passa pela continuidade do envolvimento de todos. “É o único hospital do município e representamos uma microrregião. Tendo o entendimento que todos precisamos do hospital e, acreditando nisso, vamos continuar conseguindo alavancar e subir mais degraus. Claro que tudo com cautela, entendendo onde a gente se coloca na região em relação à saúde. Mas o pensamento tem que ser de crescer.”
Perguntado sobre como vê o 2025 do HSSM, Marcelo Farinon, fala da credibilidade em relação à qualidade. “Vou tomar como o ano da consolidação da qualidade do serviço do hospital. Tenho consciência que muita coisa tem que melhorar, mas o que o pessoal faz aqui, em qualidade, precisa ser ressaltado. Especialmente falo das pessoas, de gente que cuida de gente.”
Ampliação do PA do hospital
Nos últimos três anos, importantes obras saíram do papel, impactando na estrutura física do hospital e melhoria de serviços ou novos, como a ampliação da clínica de nefrologia (hemodiálise), a abertura da UTI Pediátrica e a implementação da ressonância magnética, dentro da reestruturação de todo o Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI). Soma-se a isso, a Acreditação, um certificado que atesta a qualidade e a segurança da assistência no setor de saúde.
A ampliação física do HSSM é um assunto que ganhou força nos últimos anos. Conforme Marcelo Farinon, ainda que muitos projetos fiquem estagnados devido às dificuldades financeiras, um objetivo é expandir o Pronto Atendimento. “Sempre precisamos almejar algo a mais e a curto prazo seria a expansão ou remodelação do Pronto Atendimento. Nisso talvez já conseguimos vislumbrar um PA de convênios. A ideia está ganhando forma para construir um plano e estruturar o hospital a ter maior alcance em serviços conveniados, para que também desonere o déficit.”
Na prática, a ideia é realocar o PA de Convênios e Particulares para a parte frontal do HSSM, na rua Tiradentes, onde antes ficava o setor administrativo. Com essa mudança, o PA SUS – entrada pela rua Jacob Becker – ganharia mais espaço. “Estamos planejando isso, sim, porque hoje o PA é um gargalo, está com a estrutura pequena. Temos orgulho do serviço, mas temos que pensar diferente em relação a acomodações. E hoje já discutimos a questão da ampliação de estrutura física em cima das capelas mortuárias também, para melhorar o fluxo.”
Déficit e a importância das emendas
Ao mesmo tempo que enaltece a qualidade dos serviços, Farinon não esquece dos desafios financeiros da instituição, que precisa trabalhar com uma dívida histórica e o déficit mensal – cerca de R$ 1 milhão em 2025.
Para além do esforço da Prefeitura em garantir repasses, o presidente reforça a importância das emendas parlamentares, consideradas a principal fonte de receitas extras. “Para um hospital que fechou 2024 atendendo quase 92% SUS, as emendas continuam uma tábua de salvação.”
Em 2025, a expectativa é receber cerca de R$ 3,5 milhões em emendas e a diretoria analisa nova ida a Brasília em agosto. Além disso, o HSSM já conversa com empresários em busca de apoio para o Pró-Hospitais, programa que permite empresas direcionarem até 5% do ICMS para hospitais.
Diretoria Executiva 2023/25:
• Presidente: Marcelo Farinon
• Vice presidente: Roberto Deves Viana
• Secretário: Jonas Kunrath
• Vice-secretário: Jamil Saleh
• Tesoureiro: Leonardo Rech
• Vice-tesoureiro: Adriano Luis Becker
Conselho Fiscal:
• Titulares: Luciano de Azambuja Spies, Marcelo André Müller e Arlindo Tonetto Queruz
• Suplentes: Juliane Sarmento dos Santos e Luiz Domingos Lizza Dalprá
Conselho de Administração:
• Representantes do Município: Clerio Giovani Konig e Valmir Feix (titulares) e Marinete Bortoluzzi (suplente)
• Representante da Diretoria Executiva: Leonardo Rech (titular) e Jamil Saleh (suplente)
• Representante do Corpo Clínico: Sandra Silberschlag (titular) e Giovanni Mattiello (suplente)
• Representante dos Funcionários do HSSM: Marcos Eduardo Ribeiro (titular) e Kelly Priscila da Silva (suplente)