Mostra Polo reúne projetos de alunos em Venâncio Aires

tudantes estiveram reunidos em momentos de troca de conhecimento, inclusão e representatividade, em Venâncio Aires. Nessa sexta-feira, 22, ocorreu a segunda etapa da Mostra Polo, envolvendo projetos de educandários de Ensino Fundamental da rede estadual. A programação foi desenvolvida no auditório da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Cônego Albino Juchem (CAJ), com 20 projetos apresentados, de 11 instituições de ensino.

A primeira parte ocorreu no dia 15, mas com educandários do Ensino Médio de Venâncio Aires, além do Colégio Poncho Verde, de Mato Leitão. Na ocasião, oito escolas apresentaram 22 projetos. A atividade, popularmente conhecida como ‘feira de ciências’, recebeu avaliadoras designadas pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que julgaram quesitos de inovação, criatividade e domínio de conteúdo. Através da nota, serão classificados alunos para a 8ª Mostra Regional.

Etapas

Conforme explica a responsável pela área de projetos da 6ª CRE, Graziela Lazzari, a coordenadoria tem 10 mostras polos, englobando cerca de 80 escolas da rede, em 18 municípios. Dos mais de 400 projetos inscritos, somente os 70 melhores classificados vão para a fase regional.

No evento, previsto para setembro, em Santa Cruz do Sul, serão eleitos 30 projetos como destaques. Desses, sete vão se apresentar na 3ª Mostra Científica Estadual, que ocorre em novembro, em Porto Alegre, reunindo as 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).

A avaliadora Angelita de Moura, que também é assessora pedagógica da 6ª CRE, detalha que a mostra prioriza iniciativas de estudantes que busquem melhorar o local em que estão inseridos ou ações inovadoras. “Tivemos projetos provocativos, com uma visão de futuro para a sociedade. Mesmo que sejam muitas iniciativas experimentais, queremos que sigam em frente e não percam seu significado”, comenta.

Olhar para a sustentabilidade

Segundo Graziela Lazzari, a maioria dos projetos apresentados tem foco no meio ambiente e em práticas sustentáveis. A pauta segue um alinhamento da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) com a COP30, que será realizada em novembro, para debater estratégias globais de combate às mudanças climáticas. Esse é um dos pontos observados na avaliação. “Muitos alunos apresentaram maquetes, e priorizamos aquelas que foram elaboradas com materiais recicláveis, buscando desde já a conscientização”, destaca.

Jeans

Entre as iniciativas, está o projeto ‘O que vem por trás da calça jeans’, desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) São Luiz, de Vila Santa Emília. Após a leitura de um material sobre a história da calça jeans, a turma do 4º ano analisou que a produção da peça demanda grande quantidade de água e agentes químicos, notando os malefícios ao meio ambiente. Na pesquisa, foi constatado que existe a opção do jeans sustentável, mas com custo de fabricação elevado.

A apresentação foi conduzida pelos alunos Elisia Leismann, Pedro Winckelmann e Nathan Hickmann, com orientação da professora Débora Kochhann. Diante da problemática levantada, os estudantes encontraram diversas maneiras de reaproveitar o tecido, que leva um longo tempo para se decompor.

Entre as alternativas, os alunos discutiram a criação de um brechó, como forma de gerar uma economia regenerativa. No mesmo sentido, eles apontaram a customização das peças de jeans, com a criação de bolsas, pulseirinhas e outras possibilidades.

Compostagem

O trabalho de compostagem tem se expandido nas escolas de Venâncio Aires. Na EEEF Helena Bohn, de Vila Teresinha, a Cooperativa Escolar Sol Nascente realiza o projeto ‘Composta Ação’. A iniciativa começou recentemente, em consonância com a retomada da horta da escola, onde o grupo de alunos realizou o plantio de alface e tempero verde.

Ao observarem a necessidade de incrementar nutrientes ao solo para otimizar a produção, os estudantes desenvolveram o projeto, criando uma composteira seca com dois baldes plásticos. Em um deles, ocorre o processo de compostagem de frutas, verduras e outros restos de refeições escolares. Já no outro, o chorume é armazenado para ser utilizado na irrigação da horta.

Da cooperativa, participaram o professor orientador Eduardo Pauli e a presidente Ana Luísa Antony, a secretária de Comunicação Alana Tamires Specht e o vice-presidente Davi Bruno Becker.