Acesso às capelas velatórias será pela rua Visconde do Rio Branco (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)
Acesso às capelas velatórias será pela rua Visconde do Rio Branco (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)

As obras das novas capelas velatórias de Venâncio Aires, que ficam junto ao Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), chegam à fase final de execução. Nas últimas semanas, os trabalhos são realizados na parte interna da estrutura, já que as intervenções externas foram impossibilitadas pelas condições climáticas.

Apesar da importância da obra, a comunidade tem se manifestado em matérias recentes publicadas pelo jornal Folha do Mate, especialmente nas redes sociais, apontando preocupação no que se refere à localização da estrutura, construída abaixo do nível do passeio público, na esquina das ruas Visconde do Rio Branco e Jacob Becker. Durante o andamento do projeto, a situação já provocou transtornos. Em dias de chuva, o canteiro de obras teve acúmulo de água, atrasando o calendário das intervenções.

O presidente do HSSM, Marcelo Farinon, explica que, para mitigar eventuais problemas, foi feita uma interligação direta com a rede de esgoto, através de uma escavação de aproximadamente 1,60 metro de profundidade. O sistema de drenagem capta a água das calhas e do pátio, assegurando o escoamento.

Ampliação

Farinon destaca que, desde que o projeto das novas capelas foi apresentado, já estava prevista a expansão vertical do hospital, o que exigiu que a construção ficasse abaixo do nível da rua. “Sempre tivemos o entendimento que essa obra existiria para dar a possibilidade de estruturar a expansão do prédio do hospital nos andares de cima. Para que isso aconteça, temos o nível da parte de cima das capelas alinhado com o piso que vem do andar do Pronto Atendimento”, esclarece. Farinon ressalta que a fundação do prédio foi calculada, desde o início, para suportar a expansão. “É válido relembrar também que o projeto inicial veio da Prefeitura, nós só realizamos algumas adequações”, complementa.

Segundo o engenheiro Cleber Rachor, proprietário da Entalp Engenharia, empresa responsável pela execução, o trabalho segue na parte interna do prédio, com possibilidade de conclusão até o fim do mês. Entre os serviços internos que ainda serão realizados estão a pintura do forro e os últimos acabamentos. As principais pendências estão no entorno, onde as chuvas e o barro têm dificultado a finalização das calçadas e do paisagismo. Além da estrutura física, o projeto inclui a instalação de sinalização específica para estacionamento de carros fúnebres, pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil.

Rotarianos se mobilizam para mobiliar os espaços

Com a conclusão da obra, o próximo passo será mobiliar os espaços. Para isso, o Rotary Venâncio Aires, Rotary Chimarrão e Rotary Novas Gerações estão se movimentando para adquirir cadeiras, móveis para duas copas e climatizadores de ar.

A estrutura anterior, entregue em 22 de abril de 1976, teve o movimento de construção encabeçado pelo Rotary Venâncio Aires e, como a Prefeitura e o HSSM anunciaram a demolição e a construção do novo prédio, foi firmado o acordo para a parceria.

O atual presidente do clube de serviços, Marcel Coutinho, confirma que as capelas continuarão com o nome de Paul Harris, como homenagem ao fundador do movimento rotário mundial.

Sobre as novas capelas

  • A estrutura está sendo construída no tereno que, por mais de 40 anos, foi ocupado pela Capela Mortuária Paul Harris, ou apenas ‘necrotério’, como era conhecido pela maioria dos venâncio-airenses.
  • No entanto, diferente do prédio antigo, que possuía acesso pela rua Jacob Becker, as novas capelas velatórias contarão com entrada e saída exclusivamente pela rua Visconde do Rio Branco.
  • Serão duas salas destinadas para velórios, sendo que a maior delas poderá ser dividida ao meio por uma divisória de vidro para se transformar em um terceiro espaço, com acessos independentes. O projeto também contempla banheiros masculino e feminino, copa e uma sala destinada à preparação de corpos.
Júnior Posselt

Acompanha de perto o dia a dia da comunidade, com olhar atento ao interior e à educação.

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