A sede da Assoeva vai a leilão pela segunda vez em menos de 30 dias. A segunda avaliação do imóvel da entidade será quinta-feira, 7, a partir das 14h30min, na sede da Back Leilões, em Santa Cruz do Sul. Dia 14 de outubro foi a data do primeiro leilão onde ninguém ‘bateu o martelo’ diante do pedido dos R$ 470 mil. Agora o lance inicial é de R$ 235 mil pelo terreno de 371,25m2 com benfeitoria de 225,86m2.
A ação trabalhista em questão que tramita desde 2016 – com números superficiais acima dos R$ 400 mil – tramita na 1ª Vara do Trabalho de Santa Cruz do Sul. Ela é oriunda do atleta Flávio de Moura Ribeiro, o pivô Flávio, que atuou pela Assoeva em 2015. No processo consta que em outubro de 2014 sofreu um entorse no joelho esquerdo e mais tarde foi diagnosticado o estiramento do ligamento colateral medial. Em maio de 2015 foi diagnosticado a existência de desgaste da cartilagem e menisco. Em outubro do mesmo ano realizou a cirurgia. Ficou por 45 dias em recuperação e depois disso o atleta alega que seu contrato de trabalho não foi renovado.
Relatos no processo ainda dão conta que Flávio ficou afastado do trabalho por mais 90 dias sem qualquer assistência.
Engelberto Henn, atual presidente do clube, relatou na tarde de ontem que nem estava a par da data do primeiro leilão. “Na semana passada foram dias memoráveis do clube com a conquista do bicampeonato. Nesta as notícias não são muito favoráveis. O prédio vai a leilão pela segunda vez e se houver alguém que mostrar interesse em adquirir o prédio, resta é vender para pagar as contas”, disse o líder.
Henn explica que a questão talvez não tenha tido um maior e melhor acompanhamento no seu início. “O advogado da Assoeva não compareceu na primeira audiência e assim o processo seguiu adiante. A situação é bem complicada porque nossa instituição tem um empréstimo junto ao Banrisul e a sede da Assoeva é a garantia que a gente ofereceu como garantia de pagamento. O empréstimo que pagamos de forma mensal será quitado em outubro de 2020. Se alguém bancar esse segundo leilão não sei como a situação será contornada”, completa o presidente.
Vianei Hammes, tesoureiro do clube e que por longas temporadas presidiu a Assoeva, também declarou que não estava a par da data do primeiro leilão. “Dei minha vida para a construção da sede. Todo um trabalho de longas décadas perder assim é de deixar qualquer ser humano cabisbaixo. A situação realmente não é das melhores. Temos que aguardar o desfeixo de quinta-feira. Se houver quem for bancar o valor pedido, resta é entregar a chave do único patrimônio do clube”, completa o dirigente.