No casamento de Cássio e Cíntia Machry, o momento da troca de alianças, um dos mais esperados em uma cerimônia, teve uma presença mais do que especial: o cão do casal, Pluto, foi quem as levou até os noivos.
Com três anos e cerca de 45 quilos, o Bloodhound tem um lugar todo especial na casa, e no coração, do casal, casados no último dia 4 de março, em Venâncio Aires (RS). Quem viu o belo cão tranquilo e comportado na cerimônia, não imagina, no entanto, a trajetória para chegar até ali.
Ser tutor de um cão dessa raça sempre foi o sonho de Cássio, e desde que o namoro com Cíntia começou, em 2006, esse foi um dos primeiros desejos que o casal queria realizar junto. Originária da Bélgica, a raça Bloodhound é considerada a melhor farejadora do mundo. Por essa característica, é amplamente utilizada por policiais e bombeiros na busca e salvamento de pessoas desaparecidas, especialmente nos Estados Unidos. Foi essa raça, também, que inspirou o famoso personagem da Disney.
Foi em abril de 2014 que o Pluto chegou, vindo de um sítio especializado de São Paulo. Inicialmente, o filhote morou com Cássio até que a casa dos então namorados ficasse pronta. O fim deste mesmo ano marcou a mudança para o novo lar, período em que os tutores já haviam percebido que o cão apresentava problemas comportamentais equivalentes ao seu tamanho.
Sem conseguir controlar os pulos e a impossibilidade de passear com Pluto, o casal decidiu apostar em adestramento. No contato inicial, o ‘impossível’ ocorreu: fazer o Bloodhound sentar sem comida por perto. Desde esse dia, foram cerca de seis meses entre idas e vindas para casa, e em junho de 2015, Cássio e Cíntia começaram um trabalho para conter a agitação que é inerente ao Pluto.
Caminhamos (um ou outro, os os dois juntos) quase dez quilômetros diariamente, ou realizamos brincadeiras que estimulam o que o Pluto aprendeu no adestramento”, contam.
Para ter Pluto presente na união matrimonial, os noivos contaram com a ajuda do adestrador, que realizou treinamentos simulando o local do casamento. Foi ele, também, quem entrou com o cão na coleira, durante todo o trajeto.
Na opinião de Cássio e Cíntia, noivos que desejam ter o seu cão presente na cerimônia devem, em primeiro lugar, entender o comportamento do amigo peludo. Se for um cão agitado, como Pluto, a ajuda profissional é imprescindível. Entretanto, se o cão for tranquilo, o casal acredita que esse ‘treinamento’ pode ser feito pelos próprios tutores.
Os recém-casados lembram ainda que essa é uma forma de homenagear o animal de estimação em um momento tão importante da vida do casal, pois, afinal, trata-se de um membro da família.
Como a cerimônia foi atípica, pensamos em demonstrar todo o amor e carinho que temos com ele. Nada mais justo que o eterno filhote levar as alianças para a união matrimonial dos seus ‘pais'”, comentam.
Hoje, o casal considera que seu ‘eterno filhote’ já está bem melhor – o que se comprova nas fotos e vídeos do casamento -, no entanto, alguns ‘acidentes’ ainda acontecem, como um vaso caído no meio da cerimônia, ou um vizinho tendo o pátio ou a residência invadido por um cão de quase 45 quilos…
Enfim, a agitação está na genética do Pluto. Tentamos incentivá-lo a entender que queremos ele calmo e tranquilo. Um dia, ele ficará assim. Mas aí, estará idoso. Por mais contraditório que seja, esperamos que essa data demore. Pois, quando isso chegar, quer dizer que temos pouco tempo com ele.”
Vida longa e agitada ao Pluto, e muitas felicidades ao casal!
>> Assista aqui a entrada de Pluto na cerimônia.