Amigo Bicho atendeu 35 casos de maus tratos

-

Mal se passaram dois meses do início de 2013 e a Associação Amigo Bicho de Venâncio Aires já precisa desdobrar-se para atender o grande número de ocorrências. Do início do ano até ontem, foram atendidos 35 casos. A maioria, relaciona-se com maus tratos e abandono de cães e gatos. Segundo a assessoria da entidade, animais prejudicados não seguem um padrão: podem ter raça definida ou não, estarem saudáveis ou doentes, serem velhos ou filhotes. Nenhum estereótipo escapa.

Dentre todas as situações, uma das mais graves foi registrada na quarta-feira, 27. Após denúncias, integrantes da Amigo Bicho, acompanhados da Brigada Militar, retiraram três cães de uma casa localizada nas proximidades da Cidade Alta. Voluntários da instituição tentaram resolver a situação pacificamente mas, diante novos registros de maus tratos, foi necessária a intervenção. Testemunhas relatam que o proprietário dos animais, além de bater neles, tentou enforcá-los. Os cachorros foram socorridos e estarão na próxima Feira de Adoção.

Outro caso contraria a ideia que muitos têm de que ‘animais não sentemÂ’. Uma cachorra, abandonada na Praça da Matriz, alojou-se dentro de um dos banheiros públicos. De tanta tristeza, deitou-se atrás de um vaso sanitário e de lá não queria mais sair. Quando resgatada, tinha centenas de carrapatos e fazia suas necessidades fisiológicas com sangue. “Ela foi tratada, medicada e agora está linda, brincalhona e apta para doação”, pontua Izidro. O animal é tão sociável e bonito que até ganhou um apelido dentro da entidade: ‘cadela modeloÂ’.

Na opinião de Izidro, dois motivos levam as pessoas a adotarem esse tipo de atitude: o primeiro deles é a dificuldade em entender que animais são seres vivos e sentem a mesma coisa que um humano; o segundo, é o desconhecimento de que maus tratos e abandono são considerados crime. Além de multa, a pena para o infrator varia de três meses a um ano de detenção prisional.

O integrante da Amigo Bicho lembra que uma das funções da entidade é levar aos órgãos competentes os casos que ocorrem. “Algumas ocorrências estão sendo verificadas e serão encaminhadas para os devidos fins. No momento em que as pessoas tiverem um vizinho, um conhecido ou um parente que respondeu à Justiça em função do crime contra animais, começarão a tomar mais consciência”, avalia.

PROCEDIMENTO PADRãO

A presidente da Associação Amigo Bicho de Venâncio Aires, Alessandra Ludwing, explica que existe um procedimento padrão relacionado aos casos de maus tratos. Após receber a denúncia, os voluntários colhem o máximo de informações para seguir o processo e, sempre que possível, vão até o local verificar a situação. Dependendo o caso, encaminham também para a Secretaria do Meio Ambiente. As informações coletadas são enviadas posteriormente ao Ministério Público, caso não seja possível resolver no primeiro contato.

Com relação aos animais que estão em risco, a entidade presta o primeiro atendimento, muitas vezes relacionado a fome, sede e tratamento em clínica veterinária. Paralelo a isso, é preciso encontrar um lar temporário ou definitivo para o animal. “Por isso é que fizemos tantas campanhas de lares temporários, pois para ajudar um animal, precisamos de um local para levá-lo”, pontua.

Em frente a essa dificuldade, é que a entidade tenta construir um Centro de Proteção e Bem-Estar Animal. Trata-se de um local adequado para receber simultaneamente até 60 animais. “Essa é a nossa meta para 2013”, destaca Alessandra, ao afirmar que tratativas mais intensas de viabilização devem ser realizadas em breve.

FAZENDO O BEM

Algumas pessoas se questionam sobre o que leva um ser humano a abandonar um animal inofensivo, o agredir, deixar abandonado e sem lar. Todos os dias animais são maltratados, mas ainda existem pessoas que procuram fazer o bem pelo próximo, independente se for humano ou animal. Trafegando pelo centro da cidade, o pai da adolescente Natália Lenhardt, 16 anos, encontrou uma cachorrinha vira-lata pela rua, transcorrendo entre os carros, sendo chutada por algumas pessoas que passavam por ela. O pai da jovem socorreu a cachorrinha e a levou para casa, que precisou de cuidados. O nome Vitória seria escolhido se ela se salvasse. E assim foi. Vitória se recuperou e foi batizada com o nome. Hoje é uma cachorrinha saudável e muito brincalhona.

Oferecido por Taboola

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /bitnami/wordpress/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido