Quem chega na casa de Elen Bender, logo é recepcionado pelo baixinho Toco e pela elegante Fiona. Da frente da casa, também é possível ouvir os latidos do imponente Budy e do sapeca Chocolate. Os três primeiros são os companheiros inseparáveis da mulher de 47 anos. O filhotão Chocolate, no entanto, está só de passagem pela casa: assim que encontrar um lar definitivo, deixa a residência daquela que o acolheu.

Há mais de um ano, Elen soube da possibilidade de tornar-se lar temporário da Associação Amigo Bicho de Venâncio Aires. Desde lá, já acolheu, por algum tempo, cerca de cinco animais em sua casa. O cãozinho Toco, hoje considerado como um filho pela voluntária, também chegou até ela por meio da organização. “Ele foi atropelado, quebrou a bacia e a perna. Cuidei dele até que ficasse bom e me apaixonei. Ele é muito querido”, derrete-se.

Chocolate, por sua vez, ainda não teve a sorte de encontrar alguém para adotá-lo. Na última Feira de Adoção da Amigo Bicho, não foi o eleito de nenhum dos visitantes. Enquanto aguarda, recebe os afagos de Elen, que lamenta não poder acolher tantas animais quanto fosse preciso. “Desde criança eu gosto de bichos. Nessa época já juntava os animais que via pela rua e levava para casa”, recorda.

Assim como a voluntária, outras pessoas também podem fazer o bem para os amigos de quatro patas. Atualmente, a Associação Amigo Bicho de Venâncio Aires está em busca de quem deseja se tornar um lar temporário. A presidente da instituição, Caroline Bijagran Nunes, diz que entre os pré-requisitos está gostar de animais e ter estrutura para recebê-los. “é fundamental ter local e tempo para dedicar a eles. Isso não significa que a pessoa precise ficar o tempo todo em casa, disponível, mas é necessário alguns minutos por dia para fornecer alimentação e, em alguns casos, para medicar o animal, quando ele estiver em tratamento”, esclarece.

Ao se tornar lar temporário, a pessoa recebe a ração e, quando for preciso, também recebe a medicação para cada animal que estiver cuidando. Muitas vezes, ocorre de um associado ficar responsável por ir até a casa aplicar a medicação (normalmente injeções). “Quando é necessário, também fornecemos materiais para melhorar a estrutura desse lar, como casinhas e telas para fazer cercadinhos”, completa.

O tempo de permanência de cada animal é variável e depende da situação em que ele se encontra quando chega ao lar. Se está em tratamento, precisa estar completamente recuperado, para então ser doado. Se forem filhotes, precisam estar comendo ração seca. Assim como Chocolate, muitos outros cães e gatos também precisam de alguém que lhes auxilie. E a Amigo Bicho está em busca de quem deseja fazer a diferença. Pessoas interessadas em adotar podem fazer contato com a Associação por meio da página da entidade no Facebook (http://www.facebook.com/amigobicho.venancioaires).