“Assim como cada menino que entra para as categorias de base de um clube de futebol sonha em jogar profissionalmente – Inter ou Grêmio, por exemplo – no motocross não é diferente. Eu sempre almejei ser piloto de motocross e ter a chance de competir por uma equipe de ponta do Brasil. Agora que estou prestes a completar 20 anos nesse esporte, depois de tantas adversidades mas graças a Deus, superadas, surge a tão sonhada oportunidade de ouro. Para quem sempre me apoiou e torceu por mim, saibam que vou treinar muito e procurar render o máximo. Vou abraçar essa chance que é dada para poucos pilotos. Agora que fui um dos escolhidos para a vaga, o jeito vai ser ‘torcer o punho’ da moto e andar muito para saltar o mais longe possível e dentro disso conquistar os resultados desejados”, afirmou na tarde de ontem o mais novo piloto integrante da equipe Honda de Motocross do Brasil, o venâncio-airense Fabiano Nestor dos Santos.
No Brasil serão quatro os pilotos que irão competir pela Honda em 2013. “Me repassaram que o Leandro Silva será o representante na MX1. Tem um piloto americano e um paranaense que irão na MX2. A outra vaga é a minha que pela frente terá a categoria 230 Nacional. Para quem nem pretendia competir por mais uma temporada e agora surge uma oportunidade dessas, resta é treinar, e muito, para depois corresponder dentro das pistas”, destacou Fabiano.
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O piloto contou que em 2011 já foi procurado para ingressar na equipe mas as negociações não evoluíram. O 2012 passou em branco para Fabiano que por falta de patrocínio deixou o motocross de lado. Um novo contato da equipe foi mantido no começo dessa semana. “Foi tudo tão rápido que na quarta-feira eu e meu pai já viajamos para Curitiba onde assinamos o contrato no Centro de Treinamento da Honda que tem sua sede em São José dos Pinhais. Já voltei de lá com uma moto ano 2012 que me foi repassada para começar os treinamentos. Toda a equipe oficial ainda será apresentada num evento que a Honda está programando para a cidade de Indaiatuba, São Paulo. Depois dessa apresentação vem mais uma moto zero quilômetro. Tem todo um material ainda como peças, roupas, barraca, e material personalizado da Honda que precisam me repassar, enfatizou Fabiano.
AS COMPETIçõES
O Campeonato Brasileiro. Essa será a principal competição que a Honda faz como exigência que Fabiano participe na temporada. “Vou encarar o desafio sim. O Brasileiro na minha categoria que é a 230 terá quatro etapas ao longo do ano. A primeira já será dia 7 de abril, em Carlos Barbosa. Tenho que fazer de tudo para já largar na frente. Depois tem etapa em Santa Catarina, Paraná e em Goiania. Vou intercalar, a pedido da própria equipe, também o Gaúcho de Motocross nesse ano”, disse o piloto que na próxima semana já irá atualizar sua filiação na Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM).
Disputar o Brasileiro não é novidade para Fabiano. No de 2011, por exemplo, o piloto participou de todas as etapas. “A minha participação naquele ano resultou na conquista do vice-campeonato brasileiro na 230. A performance que foi bem considerável naquela temporada, creio que chamou a atenção da equipe para o convite em 2013, já que o Campeonato Brasileiro de 2012 não teve a disputa dessa categoria”.
AS CONQUISTAS
Ao longo da carreira – começou aos nove anos e hoje está com 28 – Fabiano coleciona inúmeros títulos. O de maior importância é justamente o segundo lugar no Brasileiro de 2011. O piloto lembrou ainda outros títulos consideráveis no gaúcho. “Fui campeão em 2006 na MX1 e na Nacional em 2007. O 2008 foi o mais vitorioso deles. Foram três conquistas: MX2 (Gaúcho), SX1 e SX2 (Supercross). Em 2009 e 2010 tenho ainda algumas conquistas mais regionais”, lembrou.
O FUTURO
“Volto a repetir pois a chance que sempre almejava, agora está aí. Mais uma vez as portas do motocross se abrem e não posso perder a oportunidade. Uma equipe de ponta, mesmo eu vindo de uma temporada inativa, está apostando em mim. Hoje sou um dos quatro pilotos da Honda e sei quantos gostariam de estar no meu lugar recebendo a mesma oportunidade. O desafio está lançado e agora preciso me preparar. Tenho que treinar para voltar ao ritmo que as competições exigem. Tenho objetivos já traçados. O que mais me faltava antes era justamente uma moto de ponta. Já tenho uma para treinar e daqui a pouco vem uma outra zero para competir. Estou muito feliz mesmo por ingressar na equipe e agora é procurar corresponder lá dentro (pista)”, concluiu o piloto da Capital do Chimarrão.
