A Rádio Terra FM e o Jornal Folha do Mate começam no jogo de hoje o projeto “Olé Futebol Clube”. A emissora estará desenvolvendo a transmissão dos jogos do Guarani e da Assoeva. A grande novidade nessa união, está na voz que irá comandar o trabalho. Trata-se de Carlos Roberto de Oliveira, o Carlão. Confira uma entrevista com o profissional que retorna ao rádio venâncio-airense.
Folha do Mate – Como você começou no meio do rádio e quantos anos está atuando como narrador?
Carlos Roberto de Oliveira – Iniciei no rádio em 1974, na cidade de taquari, na Rádio Açoriana, quando cursava o 2ºAno do Antigo Curso Científico. As primeiras

narrações foram no futebol de salão nos Campeonatos Abebeanos de Futebol, antigo CAFSVAT, entre as agências do Banco do Brasil. Logo em seguida, o futebol de campo. Primeira transmissão em 1975, preliminar de um Grenal, no Beira Rio, com 90 mil torcedores. Taquariense 4X1 Guarani, de Camaquã, Copa Pedro Sirângelo, Taquariense, campeão. Desde muito pequeno já adorava o rádio. Em 1968, ganhei de meu pai, meu primeiro radinho de pilha. A partir de então, é como escrevi em minha dissertação de mestrado sobre o rádio: “Estamos de tal forma imbricados nesta relação que não sei se sou eu que estou nele ou ele que está em mim. Se o sintonizo ou sou sintonizado por ele.”
Como surgiu o ‘Tem bola na rede’?
Carlão – O ‘Tem Bola na Rede’ surgiu em1980, já em Estrela, Rádio Alto Taquari, uma tentativa de estabelecer uma marca pessoal na transmissão, e para minha surpresa, acabou dando certo.
Desafios de fazer uma transmissão esportiva no rádio?
Carlão – O principal desafio para a narração esportiva hoje, pensando no ouvinte, é a precisão na descrição do lance. Se você erra, a imagem da televisão te desmascara na hora. Antigamente, dava para “enganar”, hoje não.
Parceria com o Telmo Kist?
Carlão – Já esteve comigo como comentarista em outras oportunidades. Como foi jogador e treinador, consegue agregar embasamento para a análise do jogo, além de gostar, é claro, de rádio. Fui eu quem o convidou para o rádio na década de 90. E quando digo isso, estou falando de futebol e de rádio.
Como vê a parceria entre Rádio Terra FM e Jornal Folha do Mate?
Carlão – Vejo a parceria entre os dois veículos como uma tentativa ousada de suprir uma lacuna que se percebe na cobertura esportiva de Guarani e Assoeva. O esporte da cidade com as duas agremiações, vive um momento que justifica plenamente essa ousadia. O torcedor, o ouvinte e o leitor anseiam por isso. Os dois meios de comunicação pretendem, na verdade, chamar a atenção de todos para a importância da necessidade do apoio neste momento para que o Guarani volte para série A e a Assoeva conquiste um título. A hora é agora. Sou profissional, e aceitei o desafio, por acreditar que é possível chegar lá.
Relação com o Esporte Clube Guarani, quais os momentos que você narrou que ficaram marcados na sua carreira?
Carlão – Em 1988, o título do Campeonato estadual de Amadores, no Florestal em Lajeado, Guarani e Associação Sapiranga. Empate no tempo normal e na prorrogação. Na decisão nos pênaltis, Guarani 5 a 4, último pênalti decisivo, batido por Mano Menezes. A Campanha de 1990, jogo de ingresso na série A, 1 a 1, em casa contra o Inter de Santa Maria, gol do Bolivar (pai). Estádio lotado. A campanha de 91, primeiro ano de Gauchão, 19 jogos invicto. Em 1997, grandes jogos na Segundona e o retorno a Série A, com o goleador Marcus Vinícius, superando a marca de Baltazar, do Grêmio. Em 2002, o Gauchão, com Mano Menezes e a conquista da Copa Sul Minas, de forma invicta, jogando em Minas, Paraná e Santa Catarina. A Copa Do Brasil, em 2003, contra o América, de Natal.