Na quinta-feira, 13, o Esporte Clube Guarani realizou uma coletiva de imprensa onde anunciou questões ligadas a área administrativa. O presidente Lúcio Lourenço Rabuske comandou os trabalhos ao lado da proprietária da Sercon Serviços de Contabilidade, Maristela Cetolin que gere as contas do clube de forma voluntária. Presentes na mesa principal estavam ainda o prefeito de Venâncio Aires Jarbas da Rosa e o presidente da Câmara de Vereadores, Benildo Soares.
O líder da instituição declarou que algumas dívidas foram quitadas e outras renegociadas. “O Guarani conta a partir de agora com todas as negativas que são necessárias para se inscrever em projetos e assim buscar recursos. Foi um trabalho árduo para conseguirmos resgatar as contas do clubes. Fizemos o parcelamento para assim conseguirmos as certidões exigidas para qualquer recurso futuro. Quero acreditar que é um impulso para uma nova era do clube”, disse o presidente.
Ele ressalta que esse novo impulso vem para marcar uma nova era no Edmundo Feix. “Tenho a plena convicção que conseguiremos manter os atuais patrocinadores do clube e ampliar esse quadro de colaboradores. Agora o Guarani poderá ter um aporte considerável para manter as suas atividades. Não vamos mais fazer o futebol e simplesmente depois disso fechar as portas. O objetivo é dar vida a esse clube os 365 dias do ano”, disse.
O valor final que envolve toda estas renegociações não foi revelado mas Rabuske deixou bem claro no encontro que a meta é saldar entre três a quatro anos. “Espero que até lá o Guarani possa estar em um patamar de maior tranquilidade”, completa.
Mesmo com os trabalhos voltados num primeiro momento para a área administrativa, Rabuske declarou que o Guarani mantém o planejamento de participação na Divisão de Acesso 2022. “Nisso também estamos prestes de confirmar outra grande novidade. Se projeta uma parceria com um jogador que atua no futebol chinês. As tratativas existem com Olívio da Rosa, que todos mais conhecem como Ivo. Ele administra a Ivo10 Brasil Football Academy que conta com a parceria da Juventus, de Teutônia. O clube vizinho tem o interesse em investir nas categorias de base e no futebol profissional do Guarani”, declarou o líder.
A primeira investida do Juventus se confirmou ao longo do Estadual Sub-17 onde o Guarani chegou nas quartas de final. “O plantel juvenil foi composto por muitos atletas revelados pelo Juventus que acabaram atuando no Guarani. Depois foram ainda mais adiante. Grande parte defendeu o Mixto, do Mato Grosso, na Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Uma dívida de seis anos tem ponto final
No encontro da quinta-feira, Lúcio Lourenço Rabuske declarou que a maior dor de cabeça do clube estava ligada a uma dívida trabalhista gerada em 2015 quando o treinador da época, Fabiano Daixt, ao encerrar suas atividades no Guarani, não se acertou com a diretoria da época e consequentemente ingressou com uma ação trabalhista. “Era uma dívida que não poderia ter se arrastado por tanto tempo, pois estava causando sérios problemas, no que se refere à administração do clube. Atualizada em novembro de 2021, o valor da dívida estava em R$ 196.454,87. Isso gerou uma ação mandado de penhora de crédito, junto aos patrocinadores do clube, fazendo com que as atividades do clube ficassem inviáveis”, disse.
Após uma reunião com a advogada do caso, Mariju Ramos Maciel, foi efetuado um acordo do pagamento da referida dívida.
“Agradeço o apoio da Sercon Contabilidade, graças ao trabalho voluntário deles, tudo isso se tornou viável. Assumi a presidência de um clube sem CNPJ mas hoje, com todas as negativas do clube em dia, podemos trabalhar no crescimento do Guarani, contando sempre com o apoio do poder público municipal”, declarou o presidente.
A futura parceria
A Ivo10 Brasil Academy está sob administração de Olivio da Rosa, o Ivo, que defende o Henan Jianye, clube que disputa a 1ª Divisão do futebol chinês. Ele foi revelado pela Juventus, de Teutônia, onde atualmente mantém um Centro de Treinamento.
Depois de revelado na Juventus, Ivo atuou por alguns clubes brasileiros como no Juventude, de Caxias do Sul (2006 a 2010), Palmeiras, Ponte Preta e Portuguesa (São Paulo) e Criciúma (Santa Catarina).
