Rafinha, 13 anos, coleciona medalhas e camisetas das competições que já atuou (Foto: Rosana Wessling/Folha do Mate)
Rafinha, 13 anos, coleciona medalhas e camisetas das competições que já atuou (Foto: Rosana Wessling/Folha do Mate)

Quem diria que um teste em Canoas, no início do ano, poderia ser o pontapé inicial para a carreira oficial do volante Rafael Gabriel Fausto Pacheco, 13 anos. Nos gramados ele já é conhecido como Rafinha, com características muito fortes como disciplina, bom passe, concentração e goleador. De acordo com a mãe, Priscila Auda Fausto, 38 anos, não tem jogo que o menino não faz gol e, na maioria, passa de um. “No futsal é sempre um monte de gols por jogo. Fora as assistências que ele presta”, conta a técnica em Enfermagem, orgulhosa.

Rafinha já coleciona inúmeras medalhas, troféus e camisetas pelos clubes que passou. Mesmo com apenas 13 anos, o garoto já é famoso no bairro onde mora, o Brígida. “Os vizinhos já me conhecem e torcem por mim”, cita.

Rafinha busca inspirações em atletas como Cristiano Ronaldo, Messi e Ronaldinho Gaúcho. “São meus ídolos e fontes de inspiração. Quero saber jogar que nem eles”, comenta. No último mês, o garoto passou em um teste na LGA Assessoria Seletiva Douglas 10. “Fiquei sabendo da seletiva no Instagram do Douglas dos Santos e logo inscrevi o Rafa. Foi uma correria, mas conseguimos”, salienta Priscila. “Eu lembro que tinha muitos garotos, mais de 40, e só cinco foram selecionados. Eu fui um deles”, comemora o atleta.

Rafinha já atuou em diversas competições, inclusive na Argentina (Foto: Divulgação)

Início

No mundo da bola, tudo começou aos 3 anos para Rafinha, que foi incentivado pelo tio Juliano Fausto e pela mãe a treinar na Assoeva. “O treinador sempre falava: ‘teu filho é diferente’”, conta Priscila. Aos 6 anos, o garoto, além de frequentar as quadras, passou a jogar no campo. Rafinha foi inscrito na escolinha do Grêmio, no bairro Gressler. Depois, foi para o Associação Genoma, em Santa Cruz do Sul, onde atua até hoje.

Até então, o jovem nunca tinha feito peneira. Em um jogo em 2020, a mãe conta que um olheiro viu Rafinha e se interessou pelo atleta. “Ele fez o teste no Pelotas e passou, mas como teve a pandemia as coisas pararam e ele nem chegou a ir”, lamenta a mãe.

“Mas coração de mãe não falha, eu sempre falava que esse ano ia ser o ano do Rafa. E, se Deus quiser, vai ser”, afirma Priscila, ao comentar sobre o teste que o garoto fez em janeiro. “Eu nunca imaginei que seria tão rápido, mas acho que com o Douglas me empresariando posso ter muitas oportunidades”, enfatiza Rafinha.

Carreira

  1. Rafinha já atuou na Argentina durante 15 dias, em um campeonato de base, com o Ypiranga. Na Copa Floripa, jogou contra Corinthians e São Paulo e, além disso, o volante jogou a final do Gauchão e foi campeão da Copa dos Vales, em 2018, contra o Lajeadense, pelo Genoma. “Os dias mais importantes para mim foram a final do Gauchão, quando ganhamos do São José na semi e perdemos para o Grêmio na decisão”, conta o jovem.
  2. Para a mãe de Rafinha, tudo ocorre no momento certo. “A gente sabe que é difícil esse início no futebol, a gente sempre tirou do nosso para ajudar o Rafa e realizar esse sonho. Agora, com essa oportunidade, tudo pode mudar”, argumenta Priscila.

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