Padel: um esporte que ganha força

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Um esporte rápido, dinâmico e que está crescendo em Venâncio Aires. Esse é o padel, jogo parecido com o tênis, que está se popularizando na região e ganhando espaço nos clubes. Mas, mesmo antes de ser mais conhecido, o padel já era praticado por venâncio-airenses e teve um representante do município em uma competição internacional.

O empreendedor Bernardo Konzen, 22 anos, jogava futebol e, em 2013, começou a praticar padel. Fez aulas em Santa Cruz do Sul e, em 2016, foi convocado para jogar, em Buenos Aires, o Pan-Americano Juvenil, quando conquistou o terceiro lugar representando o Brasil. Atualmente, Konzen é professor de padel.

Ele comenta que foi uma grande experiência e responsabilidade representar o país em um campeonato. “Foi muito massa, viajar pela seleção, o clima, os treinos e o contato com os melhores atletas de todas categorias, muito bom”, salienta.

Quando começou a jogar, Konzen estima que havia cerca de 20 praticantes do esporte no município. No momento, ele acredita que este número já passa de 100. “É um esporte que está crescendo muito na região, pois em Santa Cruz já é praticado há mais tempo e em Venâncio está crescendo nos últimos anos”, analisa.

O jogo, segundo Konzen, conta com quatro jogadores, que são divididos em duplas. É preciso ter uma raquete e bola de tênis. “O que torna o padel mais divertido do que tênis, por exemplo, é o dinamismo, porque tem mais troca de bola. Por isso, para mim é mais divertido e o jogo vicia mais”, frisa ele.

“É um esporte viciante. Investir na saúde e no esporte é muito importante, por isso eu fico feliz em ver que estão investindo no padel em Venâncio Aires.”

BERNARDO KONZEN
Professor de padel e empreendedor

Bernardo Konzen já jogou padel pela seleção brasileira e representou o país em 2016, no Pan-Americano em Buenos Aires, onde ficou em terceiro lugar
Bernardo Konzen já jogou padel pela seleção brasileira e representou o país em 2016, no Pan-Americano em Buenos Aires, onde ficou em terceiro lugar (Foto: Arquivo pessoal)

Lander Xavier: prática desde a primeira quadra

O empresário Lander Risso Xavier, 58 anos, já pratica padel há mais de uma década, pois conheceu o esporte quando o Clube de Leituras inaugurou a primeira quadra de padel do município. Depois de algum tempo, o padel virou rotina na vida de Xavier, pois pelo menos três vezes na semana ele joga com amigos.

O praticante recorda que foi o advogado Luciano Spies – que na época era da diretoria do clube – que trouxe o esporte para a Capital do Chimarrão. Segundo ele, o padel era mais conhecido na região da Fronteira e, com o tempo, se popularizou. “Meu primeiro jogo foi no Clube de Leituras. Na época, cerca de 20 pessoas apenas praticavam o esporte no município, hoje eu acho que são umas 150”, estima.

Xavier diz que atualmente o Rio Grande do Sul é uma das maiores potências de alto nível do esporte no país. “Aos poucos, a procura pelo esporte foi crescendo e o número de quadras e praticantes também”, salienta.

Ele também argumenta que o esporte é para todas pessoas, que muitas mulheres jogam e que não é preciso ter condicionamento físico avançado. “Pessoas de todas idades e tamanhos conseguem jogar, porque é um esporte fácil, mas que depois que fica no nível intermediário queima muitas calorias, porque é aeróbico”, destaca Xavier.

Outra característica do padel que deixa ele feliz é poder jogar com pessoas de outras idades e fazer novas amizades. “Oferece integração entre idades, porque eu com 58 anos jogo com jovens de 20. E também tem muitos pais com filhos, marido e mulher, que juntos praticam o esporte e se divertem. No fim, além de ajuda na saúde, contribui com a socialização e gera amizades saudáveis”, conclui.

 Lander Risso Xavier joga padel com os amigos pelo menos três vezes por semana
Lander Risso Xavier joga padel com os amigos pelo menos três vezes por semana (Foto: Eduarda Wenzel/ Folha do Mate)

Curiosidades

  • O termo padel vem de remar, pois o jogo começou a ser praticado por passageiros de navios ingleses com bola de tênis e remos. A primeira quadra de padel foi construída por Enrique Corcuera, em Acapulco, no México.
  • Diferente do tênis, o padel permite que além de quicar uma vez no chão, a bola também pode encostar nas paredes laterais e de fundo. Só não pode encostar nas mãos dos jogadores e nas redes.
  • No Brasil, as primeira quadras de padel foram construídas no Rio Grande do Sul, nas cidades de Jaguarão e Santana do Livramento. Em Venâncio Aires, a primeira foi disponibilizada no Clube de Leituras, em 2006.
  • A quadra de padel tem 20 metros de comprimento e 10 metros de largura. Pode ser feita toda de concreto, ou de vidro com chão de grama sintética ou carpete.
  • Para jogar padel é preciso raquete específica. Segundo Lander Xavier, uma inicial custa cerca de R$ 700. Um kit de bolas de tênis, que com três unidades, sai por cerca de R$ 30. É aconselhável a utilização de um tênis confortável.
  • O jogo dura uma hora e meia, e cada partida tem de três a quatro sets, dependendo da velocidade de cada jogo. Os sets são compostos por seis games cada.
  • Lander Xavier salienta que algumas pessoas foram fundamentais para a potencialização do esporte no município: Luciano Spies, Leandro Beckenkamp, Luiz Gustavo Hansel, Sérgio Luis Konzen, Giovane Büllow e André Weismann, entre outros.

 

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é o número de quadras de padel em Venâncio: duas na Sova, uma no Clube de Leituras, uma no Complexo Venâncio, uma na Arena Venâncio e uma na AABB, que está sendo finalizada. Dessas, duas são no padrão espanhol (WPT) – carpete ou grama sintética, cobertas e têm paredes de vidro.

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