No dia 8 de setembro, o venâncio-airense Valmir Schneider estará embarcando para a França juntamente com outros três atletas que formam o quarteto brasileiro na final do Campeonato Mundial de Corrida de Aventura. A disputa acontece de 15 a 23 de setembro na França. A largada dos 700km, no stop (sem dormir, sem paradas e sem apoio), será da cidade de LÂ’Argentière-la-Bessée. A chegada está marcada para o dia 23 de setembro na cidade de Roquebrune-Cap-Martin. A equipe que chegar primeiro é a vencedora.

Ao longo do percurso, os competidores encaram modalidades como mountain bike, trekking, cavernas, trechos com escalada de geleiras. Além disso, a competição não terá o apoio da organização, sendo que em alguns pontos haverão caixas de abastecimento, onde os competidores, antes da partida, depositam alimentos e equipamentos e que são levadas pela organização que as coloca à disposição dos atletas ao longo do trajeto.

Entre as 72 equipes inscritas, a representante brasileira, a equipe Cosa Nostra, será composta pelos atletas Valmir Schneider, de Venâncio; Marcelo Santos, de Canoas, Márcio Alcântara, de Porto Alegre; e Mariana Pontes, de Minas Gerais. Uma equipe de São Paulo também poderá estar na competição, no entanto, ela ainda não aparece na lista de inscritas.

O venâncio-airense foi convidado a partir do desempenho e das participações da Papaventuras no Ecomotion Pró – a competição de aventura mais disputada na América Latina. Valmir Schneider comemora a participação na competição. “Isso é fruto do nosso bom desempenho no Ecomotion onde ficamos em quinto lugar, e como temos uma boa navegação, é essencial na equipe ter um bom navegador. E isso me abriu essa porta. Vamos ter a oportunidade de representar Venâncio e a Papaventuras fora do Brasil”, enfatiza.

Schneider salienta que a dificuldade de realizar a prova é muito grande. “O mundial é uma prova dura, não é fácil ser completada. Geralmente, apenas cinco ou seis equipes conseguem terminar o percurso completo. Estamos indo com o propósito de, no máximo possível, concluir a prova sem cortes, o que já é bem difícil. é um objetivo bem audacioso. Mas, no decorrer da prova, pode-se ir atalhando para chegar mais rápido. Até hoje não sei se alguma equipe brasileira já chegou ao pódio, até porque são poucas que participam, devido ao custo alto, e para poder participar precisa ganhar algumas provas no seu país. No nosso caso, conseguimos a vaga a partir de uma lista de espera”.

Com o apoio da esposa Rose Müller, que também compete nas corridas de aventura pela Papaventuras, Valmir vem se preparando diariamente para a disputa. “Não gosto muito de treinar, mas com este objetivo agora me obriguei a me dedicar mais. Estou rigorosamente fazendo uma hora de treino por dia. Nos finais de semana, o treino se torna ainda mais intensivo. No sábado, 28, fomos pedalando por quase oito horas até o município vizinho, Sério, e no domingo fomos a Monte Belo, então estou me dedicando e me preparando bastante durante este mês que falta até a ida à competição”, finaliza ele.