A manhã deste sábado, 13, teve a realização do painel ‘E no dia seguinte: a Alphorria e a construção de uma educação antirracista’, promovido pela ONG Alphorria, de Venâncio Aires. O objetivo principal foi de refletir sobre os significados do dia 13 de maio para a sociedade, que marca os 135 anos da sanção da Lei Áurea e o fim da escravidão.
Uma das painelistas, a professora Selenir Krombauer, da Escola Superior de Teologia (EST) de São Leopoldo, destacou os desafios ainda atuais para inserção do povo afro na sociedade. “Foi assinada há 135 anos a lei pelo nossa liberdade, mas o que foi proporcionado para usufruirmos disso? Não basta estar livre, era preciso políticas públicas de educação, moradia e demais condições, mas fomos largados a própria sorte.” Ela enfatiza que até os dias de hoje a comunidade afrodescendente precisa conviver com a discriminação, racismo e exclusão.
Selenir explica que é preciso pensar na formação dos professores que formam todas as profissões, para falar mais sobre isso nas escolas e academias e ver o que ainda deve ser feito para ter essa reparação histórica. “As pessoas tinham vergonha de serem descendentes de escravizados, e nós devemos ter orgulho da nossa identificação, seja ela qual for, branca, indígena, afro, entre outras”, afirma.
Além de Selenir, o evento também contou com a participação de Camila Francisca da Rosa, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc); e a mediação foi de Viviane Weschenfelder, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
No momento também foram comemorados os 5 anos do Grupo de Estudos (GE) Alphorria e os 4 anos de aprovação das cotas raciais em concurso públicos. A organização do evento foi da ONG Alphorria, com apoio da Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Social e Jornal Folha do Mate.