Conhecido por sua tradição e relevância socioeconômica, o setor do tabaco no Brasil vive uma transformação marcada pela incorporação de novas tecnologias em todas as etapas da cadeia produtiva. Com apoio de inteligência artificial, sensoriamento remoto, automação e plataformas digitais, o segmento mostra que inovação e sustentabilidade podem caminhar lado a lado — sem abrir mão da excelência técnica construída ao longo de décadas.
O Brasil é o maior exportador mundial de tabaco em folha há mais de 30 anos, e essa liderança se sustenta em um modelo produtivo consolidado e inovador: o Sistema Integrado de Produção de Tabaco, que promove assistência técnica, transferência de tecnologia, rastreabilidade e alinhamento entre produtores e indústria. Trata-se de um modelo pioneiro no agronegócio brasileiro, que vem sendo continuamente aperfeiçoado com o apoio de ferramentas digitais e dados inteligentes.
Nesse contexto, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem desempenhado papel central na articulação de políticas e iniciativas voltadas à inovação. A entidade atua há mais de sete décadas na defesa do setor e no fortalecimento da cadeia produtiva, promovendo o diálogo entre empresas, produtores, entidades e órgãos governamentais.
“O tabaco brasileiro respira inovação. O próprio SIPT é um dos maiores exemplos do pioneirismo presente nesta cultura, integração centenária que é modelo para diversos outros setores do agronegócio no Brasil e no mundo. Foi o SIPT que possibilitou outras iniciativas inovadoras, como ações voltadas à logística reversa, que antecederam a própria legislação sobre o tema, e a consolidação do Instituto Crescer Legal como entidade de aprendizagem profissional por meio da adoção da Lei da Aprendizagem no meio rural”, exemplifica Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco.
No campo, recursos como sensores climáticos, softwares de gestão rural, drones e algoritmos de inteligência artificial estão sendo utilizados para prever padrões de produtividade, identificar doenças nas lavouras com maior antecedência e otimizar o uso de insumos, contribuindo para uma agricultura mais precisa e sustentável. Na indústria, a tecnologia garante cada vez mais eficiência, automação de processos e rastreabilidade, reforçando a competitividade do tabaco brasileiro no cenário global.
“A inovação faz parte da estratégia do setor há muito tempo. Hoje, ela se expressa não apenas em tecnologias de produção, mas também em ações de sustentabilidade, proteção ambiental e de valorização das famílias produtoras. Estamos prontos para este novo e importante momento, em que vemos a inteligência artificial participar cada vez mais das nossas operações diárias. Da semente certificada aos sistemas de rastreabilidade e otimização logística, a IA se une ao conhecimento humano para entregar mais precisão, eficiência e sustentabilidade. Em um setor guiado pelo pioneirismo e pela tradição, a premissa segue a mesma: inovar com propósito”, comenta Thesing.