Afiando a memória

A volta às aulas traz à tona a velha preocupação dos pais: Os filhos vão conseguir aprender o que lhes é apresentado na escola? A memória é uma das funções que garante nosso conhecimento. Ou seja, uma experiência vivida passa a ser revivida sob a forma de uma lembrança. Com isto se aprende, se aperfeiçoa o que se aprendeu e finalmente passa a relembrar o que foi memorizado. Portanto, a capacidade desta memorização é responsável pelo nosso aprendizado.

Ao praticarmos o aprendizado, aumentamos nosso conhecimento. Por outro lado, ao ficarmos longos períodos sem praticar, tendemos a evoluir para o esquecimento. Os professores que o digam, ao depararem-se com todas as dificuldades de reiniciarem o ano letivo, depois que seus alunos sobreviveram esses últimos dias de férias quase 100 porcento improdutivos. Mas, isto é o Brasil, em que poucos trabalham muito e muitos trabalham pouco. Passadas as grossas e escuras nuvens do ócio improdutivo, eis que ressurge o sol do crescimento e nossos mestres nas escolas, depois de muito esforço, conseguem reiniciar sua árdua tarefa de repassarem o conhecimento que permite aperfeiçoar o que precisamos aperfeiçoar ao mesmo tempo em que podemos esquecer o que é desnecessário.

É preciso que se diga que, uma vida sedentária, com excesso de preocupações e insatisfações, bem como uma dieta deficiente, provoca perda de memória.
No adulto, uma perda mais significativa da memória pode estar ligada a doenças neurológicas como doença de Alzheimer ou mesmo a distúrbios circulatórios do cérebro, podendo também ser causada por doenças psicológicas como estresse, ansiedade, depressão, alcoolismo, hipotireoidismo ou ao uso exagerado e prolongado de tranquilizantes.

Dentro deste contexto, é absolutamente descabida a expressão popular de que “estudou tanto que passou a sofrer dos nervos”. Ninguém aprende mais do que pode: não existe “congestão” de conhecimento. Podemos, isto sim, manter nossa memória bem aquecida e atuante em nosso benefício. Hoje já se sabe que o declínio da capacidade mental, observado com a avançar da idade, em grande parte, ocorre em decorrência da diminuição da atividade intelectual. Não adiante tomarmos uma montanha de remédios para melhor a nossa memória. Precisamos, isto sim, estimula-la continuamente, da mesma forma como se estimula a musculatura, para manter-se em forma.

Tudo pode começar, com a manutenção de um estilo de vida mais ativo, com atividades físicas feitas com regularidade e uma dieta mais saudável. É preciso que nos mantenhamos atuantes. Estes são os ingredientes básicos para o desenvolvimento da memória. Desta forma, manter uma contínua atividade intelectual como leitura, jogos que exijam muito raciocínio, como por exemplo, palavras cruzadas ou xadrez, auxiliam no desenvolvimento da memória.

Quem sabe, vamos exercitar nossa memória com o aprendizado do ano letivo que ora está iniciando e memorizando as dicas acima para que as próximas férias se tornem um ócio um pouco mais produtivo

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